A trabalhadora no desemprego, chamada Esther García, tinha residido na Corunha, onde adquiriu um nível alto de galego, segundo constava no seu currículum, remetido por ela a umha empresa que administra umha casa rural nas Astúrias. A tal firma nom deu trabalho à desempregada, mas sim alguns conselhos que deixam a nu os preconceitos antigalegos que florescem nas elites espanholas.
Eis o conteúdo da carta de resposta recebida pola trabalhadora madrilena:
"Obrigados pola sua informaçom. Já temos o quadro de pessoal completo. Para otra ocasiom, recomendamo que apague do seu curriculum vitae la informaçom em idiomas relativo a que tem um alto nível de galego, julgamos isso totalmente ridículo, absurdo e desnecessário. Recomendamos-lhe que eleve o seu nível de inglês para alto e, se lhe for possível em francês e alemám, muito melhor. O galego pode utilizar na Galiza unicamente, acho eu, umha lástima que tenha perdido o tempo em estudos desse 'idioma' e nom noutros mais elementares. Desejamos-lhe muita sorte no seu futuro, que achamos que, com o seu curriculum atual, será na sua amada terra Galiza".
Como se vê, umha sucessom de insultos e desprezos à altura da ideologia racista que sustenta o projeto nacional espanhol. Deve-se, porém, salientar a digna posiçom da trabalhadora agredida, que denunciou publicamente o caso.
Apesar de se ter feito público o assunto, nom temos conhecimento de qualquer reaçom do governo autónomo galego nem da procuradoria frente a esta agressom empresarial espanhola que destila tam clara discriminaçom por razom de língua.
Do Diário Liberdade só lamentamos nom dispor da referência da tal empresa para a tornar pública e assim o nosso público leitor ficar sabendo que casa de turismo rural nom deveria ser visitada por nengumha pessoa respeitosa com a diversidade lingüística.