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201012 abraamalonsoGaliza - Diário Liberdade - Abraám Alonso Pinheiro é um ativista político no seio da esquerda independentista, e cultural em diversas entidades populares da comarca do Condado. 


Fai parte da dúzia de pessoas que vam ser julgadas por se concentrarem em defesa da língua contra a manifestaçom antigalega de 8 de fevereiro de 2009.

O Diário Liberdade, que nas últimas semanas vem informando sobre o processo repressivo que leva umha dúzia de galegos e galegas a enfrentarem penas de prisom e fortes multas por participarem num protesto coletivo contra a imposiçom do espanhol, tivo ocasiom de falar com um dos processados.

Para o dia 23 de outubro está previsto o início do julgamento contra esses compatriotas, havendo convocada umha concentraçom solidária às portas dos julgados das Fontinhas, em Compostela, a partir das 9 horas da manhá. Antes disso, oferecemos a entrevista realizada neste mesmo fim de semana a Abraám Alonso.

Diário Liberdade - Revendo nestes dias as informaçons das TVs e outros meios de comunicaçom sobre os factos daquele 8 de fevereiro de 2009, pareceria que os defensores do galego provocastes e praticastes a violência de maneira gratuita nas ruas de Compostela. Qual foi a realidade?

Abraám Alonso - No dia 8 de fevereiro de 2009, a extrema-direita espanhola decidiu passear polas ruas de Compostela agitando a bandeira dumha falsa imposiçom do galego na Galiza. Figérom-no sob a máscara da 'Galicia Bilingüe' encabeçada por Glória Lago. Também Rosa Diez e Falange espanhola, com autocarros chegados desde Madrid, vinhérom à Galiza dizer-nos o que nós devemos falar na nossa pátria. Isso explica que os setores mais conscientes e comprometidos do País se concentrassem em repulsa contra semelhante agravo, farsa e insulto ao nosso povo. Esta concentraçom foi rebentada violentamente pola polícia espanhola. 10 pessoas acabamos detidas e passando na esquadra policial essa noite, umha delas com ferimentos de consideraçom.

DL - Além da campanha mediática de criminalizaçom, os elevados pedidos de penas de prisom e multas parecem encaixar no modelo ultra-repressivo que vem impondo-se nos últimos anos. A que crês que responde todo isso?

Abraám - Depois da dupla agressom padecida, a da manifestaçom mentirosa e a policial, agora tenhem que justificar dalgum jeito esta segunda. Os pedidos económicos e o julgamento fam parte dos capítulos em que se divide a repressom. A finalidade é castigar quem nom se submete a Espanha e ao que Espanha di que a Galiza deve ser.

201012 cargaDL - Nestes dias de campanha, candidaturas como AGE e BNG somárom-se à solidariedade com a vossa causa, mas em fevereiro de 2009 nom foi assim... Quem saiu à rua e fijo frente ao espanholismo ultra naquela jornada?

Abraám - Naquela jornada, a esquerda Independentista e diversas entidades culturais reintegracionistas figérom frente na rua à plasmaçom da ofensiva contra o galego, desenvolvida por 'Galicia Bilingüe'. O BNG como tal, e todo o que finalmente fai parte de AGE na atualidade, nom estivérom na rua, sendo na altura NÓS-UP a única organizaçom política que apoiou e tomou parte na concentraçom em defesa da nossa língua.

De facto, por parte da organizaçom satélite do BNG 'A Mesa', o que sim houvo no seu comunicado fôrom condenas implícitas aos agredidos e agredidas pola polícia, que se defendêrom como bem pudérom da embestida policial. Além disso, o BNG partilhava com PSOE o governo da Junta. O que mais surpreende da recente solidariedade, de cuja sinceridade desconfio pola proximidade das eleiçons autonómicas, é ver companheiros prestando-se à lavagem de cara do BNG e da AGE.

DL - O PP, que se manifestou naquele dia junto a Falange, a UPyD e a 'Galicia Bilingüe' em Compostela, desmantelou nos últimos anos de governo os pequenos avanços conseguidos polo galego. Como militante independentista e defensor da nossa língua, que perspetivas vês para a sua recuperaçom social?

Abraám - O caminho nom é outro que continuar a trabalhar na defesa do idioma, o qual passa necessariamente pola defesa da unidade lingüística de galego e portugués. Nesse ámbito, o trabalho feito polas organizaçons políticas e culturais reintegracionistas tem servido para incorporar o galego-português à sua atividade e à vida social galega. Também o realizado polos centros sociais, pola AGAL, por ativistas culturais que se exponhem a consequências inerentes a essa coerência, como vemos neste julgamento que começa no dia 23 de outubro... esse é caminho a seguir. Aconteça o que acontecer, nom devemos renunciar a esses princípios e passo a passo, ganharemos povo em torno desta luita que nos une.

 


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