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demo gegen dilma und lula märz 2015 copacabana foto norbert suchanek 16 1Brasil - Diário Liberdade - [Cid Benjamin] Alguns comentários sobre a passeata da direita hoje em Copacabana [Rio de Janeiro].


Foto de Norbert Suchanek para o Diário Liberdade - manifestação que ocorreu no Rio de Janeiro.

1. Fui devidamente trajado de vermelho, pra não ser confundido, e fiquei umas duas horas, sempre na periferia da passeata. Não fui hostilizado.

2. Tinha muita gente. Não posso calcular a quantidade de pessoas porque não tive uma visão de cima, mas a passeata tomou vários quarteirões.

3. O clima era de regozijo dos manifestantes, certamente pelo aparente sucesso da empreitada.

4. Não foi uma passeata apenas de oposição ou de críticas ao governo Dilma, foi claramente pela derrubada do governo. A tônica era mais pelo impeachment do que pela intervenão militar, embora houvesse cartazes nesse sentido.

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5. Um certo tom de "defesa do Brasil" contra uma suposta transformação do país numa Cuba ou numa Venezuela estava presente, tanto em cartazes, como em palavras de ordem. Isso não deixa de ser irônico porque era uma manifestação contra um governo que não tomou uma só medida que afetasse os ricos e não fez uma só reforma estrutural no país.

6. Críticas à corrupção estavam presentes em quatro de cada cinco cartazes ou palavras de ordem. Mesmo (ou principalmente) nos cartazes rústicos ou na palavras de ordem que pareciam espontâneos. Sempre relacionando a corrupção ao PT e a Lula, mas também a Dilma (embora menos). Como já andou dizendo Gilberto Carvalho, aparentemente a pecha de corrupto pegou mesmo no PT.

7. O repúdio - e até o ódio - à esquerda esteve muito presente. Da mesma forma, o ódio de classe. Ouvi comentários hostis ou depreciativos ao Bolsa Família e aos pobres que seriam parasitas (não cheguei a ouvir essa palavra, mas o tom era esse).

8. Havia poucos pobres ou negros, mas não foi uma manifestação de ricos. A quase totalidade dos manifestantes era classe média. Alguns, classe média baixa. Muita gente parecia ser mesmo de Copacabana, embora o metrô estivesse cheio de gente que ia fantasiada pra passeata.

9. Salvo alguns grupos de pitboys, não havia muitos jovens. Já a presença de gente de meia idade e de famílias inteiras foi muito forte.

10. Havia muita gente de camisa amarela, da seleção brasileira, ou com bandeiras do Brasil. Não sei se foi uma coisa espontânea, porque não vi qualquer orientação nesse sentido, mas o fato é que a Avenida Atlântica ficou meio que pintada de amarelo.

11. Muita gente levava com cartazes feitos à mão, com frases as mais variadas, o que deu um tom de espontaneidade à manifestação, diferentemente de sexta-feira, em apoio ao governo, que teve um aspecto meio chapa-branca.

12. As palavras de ordem gritadas pareciam ser, também, na maioria dos casos, espontâneas. Algumas até tentavam apelavam para o humor, lembrando algo que até agora só a esquerda fazia.

PS - Pego carona num post do Gustavo Gindre e adiciono uma 13ª observação:

13. O governo vai tomar uma surra da mídia, Vai apanhar igual a boi ladrão, e não vai mexer uma palha para tentar enfrentar as mazelas desse oligopólio privado que atenta contra a democracia. E os apoiadores deste governo continuarão usando a Internet para criticar a grande mídia, a despeito da inação do governo que apóiam.
Seria cômico, se não fosse trágico...

Galeria fotográfica

Fotos de Norbert Suchanek da manifestação no Rio de Janeiro:

Cid Benjamin é jornalista.

Fonte do texto: facebook do jornalista.


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