Mais umha mostra da diferente posiçom que uns e outros venhem ocupando no Reino de Espanha na hora de encarar a crise. A classe dirigente e os seus representantes (empresários, banqueiros, monarca, políticos do sistema...) aumentam os seus rendimentos e mantenhem os seus privilégios, sem renunciarem nem aos lucros (no caso de banqueiros como Botín e empresários como Amancio Ortega), nem à corrupçom (Gerardo Conde Roa é um bom exemplo no ativo), nem aos privilégios (como os que desfruta a Família Real).
No caso do chefe do Estado, Juan Carlos de Bourbon, nom perde ocasiom, cada vez que dá um dos seus discursos oficiais, de sentar cátedra sobre moralismos vários, insistindo na necessidade de "todos juntos" enfrentarmos "como país" a crise que, diga-se de passagem, criárom e administram só uns poucos.
Agora temos umha mostra prática de como o monarca nomeado, com caráter vitálicio e hereditário, polo ditador Francisco Franco, assume a sua parte de "compromisso" em tempos de crise: praticando caça de espécies protegidas em África, para o qual pagou, segundo algumhas fontes, entre 7 mil e 33 mil euros por peça.
A foto de Juan Carlos de Bourbon diante do elefante recém morto e ao lado do seu instrutor é a prova gráfica que, por algum motivo, a empresa que oferece esses serviços e a difundiu, chamada "Rann Safari", retirou de maneira fulminante do seu site. De facto, nom só retirou a foto, como deixou de funcionar o conjunto do sítio web.
Será que os poderosos do Estado espanhol nom querem que os seus súbditos saibam a que se dedica o seu monarca em tempos de profunda crise, duros cortes sociais e laborais e os índices de desemprego mais elevados da Uniom Europeia?
Talvez, mas a virtude da internet é que a censura fica mais complicada. A foto começou já a circular e vai ser impossível que podam ocultá-la. O Diário Liberdade que contribuir para a denúncia do caso, difundindo o documento gráfico e apelando para, frente a factos como esses, trabalharmos todos e todas com mais força polo fim da monarquia e do sistema socioeconómico que a instaurou.
Só o estabelecimento da República Socialista da Galiza e, de preferência, a extensom de idêntico sistema ao conjunto da Península Ibérica, poderá evitar que a maioria social, honrada e trabalhadora, tenha que continuar a padecer a iniquidade da oligarquia espanhola, corrupta e sanguinária até a medula.