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14817335783 bc576ff60c zDiário Liberdade - [Alejandro Acosta] O maior banco alemão, o Deutsche Bank, anunciou perdas por mais de seis bilhões de euros no terceiro trimestre, a demissão de mais de 35 mil funcionários, o fechamento das operações em 10 países e a suspensão da distribuição de dividendos para os acionistas neste e no próximo anos.


A dramática crise do maior banco do país mais forte da Europa, a Alemanha, representa apenas o prenúncio do que está por vir. Foto: Elliott Brown (CC BY-SA 2.0)

Esta última medida acontece pela primeira vez desde a década de 1950. Somente na Alemanha serão demitidos 10 mil trabalhadores.

A contaminação com títulos das dívidas públicas acumula trilhões e com os derivativos financeiros ultrapassa os US$ 75 trilhões, neste caso são US$ 5 trilhões a mais que o tradicional encabeçador da especulação financeira, o banco norte-americano JP Morgan.

No mês de abril do ano passado, o Deutsche Bank foi obrigado a levantar um bilhão e meio de euros para a chamada Camada 1 de capital. Um mês depois, vendeu oito bilhões de euros em ações concedendo descontos de 30%. No mês de março deste ano, o Banco não passou nos testes de estresse dos bancos europeus. Em abril, chegou a um acordo com o Departamento de Justiça norte-americano para o pagamento de US$ 2,1 bilhões relacionados com a manipulação da taxa Líbor. Esse valor representou uma parte insignificante dos ganhos obtidos. Em junho, dois presidentes do Banco renunciam no meio da eventual bancarrota da Grécia. No dia 9 de junho, a agência qualificadora de riscos Standard & Poor’s rebaixou a nota para BBB+, apenas a três níveis da qualificação “lixo”.

O segundo maior banco alemão, o Commerzbank, se encontra em situação igual ou pior.

As acusações de manipulação da taxa Líbor, que levou a multas milionárias, e de lavagem de dinheiro, está muito longe de ser exclusividade dos bancos alemães. Essa é a norma de todos os grandes bancos.

Alemanha: até quando será a fortaleza da Europa?

A dramática crise do maior banco do país mais forte da Europa, a Alemanha, representa apenas o prenúncio do que está por vir. O novo colapso que aparece no horizonte será muito pior que o de 2008 e atingirá a todos os países em escala mundial. Os estados se encontram hiper endividados por causa dos trilionários recursos direcionados ao resgate dos monopólios.

O sistema financeiro está direcionado à especulação financeira, que domina as atividades de todas as grandes empresas. A especulação financeira se encontra sustentada em cima de recursos públicos. Todos os fatores que levaram ao colapso de 2008 continuam em pé e mais fortes do que nunca.

No caso da Alemanha, os bancos regionais estão tão contaminados que em 2013 o BCE não conseguiu inclui-los no controle direto. E isso estaria acontecendo no coração do capitalismo europeu. A situação dos demais bancos europeus é ainda pior.

O mundo foi convertido numa espécie de casino financeiro, ou banco imobiliário, onde os grandes especuladores são resgatados pelo estado dentro da nefasta política do TBTF (iniciais em inglês para Muito Grandes Para Falirem).

Até agora, tem sido o ponto forte do capitalismo europeu. Milhões de imigrantes dos países em crise vão trabalhar na Alemanha. Boa parte da indústria europeia gira em torno da máquina industrial alemã. Mas para sustentar esses mecanismos o imperialismo alemão tem sido obrigado a evitar o colapso dos países da periferia, o que tem aumentado o contágio em direção ao centro. A indústria já entrou em recessão. O “milagre” alemão está com os dias contados.

Alejandro Acosta é cientista social, colaborador do Diário Liberdade e escreve para seu blog pessoal.


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