A grande indústria têxtil é periodicamente denunciada de casos de exploração extrema e mesmode escravido, sendo Zara uma das firmas habituais nas listas de denunciadas. Adolescentes e crianças costumam trabalhar em pésimas condições em países do terceiro mundo para essas multinacionais, como voltou a transcender no caso do Uzbekistão, ex-república da URSS.
Porém, neste caso vemos que a exploração não só se dá unicamente na confeção das peça de roupa, começando muito antes, no ato mesmo de recolha do algodão, a matéria prima para a produção da roupa.
Neste mês, as escolas do Uzbekistão vão para a sua atividade, já que um milhão de meninos e meninas terão que se dedicar a recolher algodão. O trabalho realiza-se em condições muito duras, com as crianças submetidas a um grande esgotamento e a frequentes golpes de calor.
A ONG WalFree afirma que mais de 60 importantes empresas da vestimenta, como Gucci e Wal-Mart estão efetuando um boicote à indústria do algodão do Uzbekistão para combater essas práticas, pressionando para que o governo do país detenha a exploração infantil.
Entre elas não se conta Zara, que evitou aderir à campanha anti-escravidão para poder continuar a se lucrar do trabalho escravo das crianças uzbekas.
Portanto, e para quem ainda não souber, a "modélica" empresa integrante do complexo Inditex continuará a encher as contas de Amancio Ortega graças à escravatura infantil em países como o Uzbekistão. Assim se explicam os 46,6 mil milhões de dólares de património do grande burguês galego, que ocupa o terceiro lugar no ranking mundial de milionários.
A referida WalkFree, dedicada a abolir a escravatura moderna, está a realiar uma campanha de assinaturas para que Zara se uma ao boicote do algodão do Uzbekistão. O objetivo é conseguir 100 mil assinaturas, que serão entregues ao conselheiro delegado de Zara, Pablo Isla, na Corunha.
Com Ecologismo.com