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Foto - Globo - Polícia atira contra manifestantes ajoelhados e pacíficos em SPBrasil - Diário Liberdade - Polícia Militar, sob ordens do governo estadual de Geraldo Alckmin (PSDB), optou por atacar brutalmente manifestação contra o aumento das passagens. Vídeos demonstram muita violência e montagens policiais. Ao menos 195 manifestantes foram presos.


Foto 1: Policiais atiram contra pessoas ajoelhadas em atitude pacifista.

A grande manifestação contra o aumento das passagens que, segundo fontes policiais, juntou 5.000 pessoas (entre 15 e 20 mil pessoas, segundo relatam os participantes) no quarto dia de protestos em São Paulo acabou com ataques da Polícia Militar, com a cumplicidade do prefeito Fernando Haddad (PT), que se declarou "não responsável" pelo o que pudesse acontecer, e sob as ordens do governador Geraldo Alckmin (PSDB). Os protestos pelo aumento das passagens de ônibus são dos maiores dos últimos anos no Brasil. Foram mais de 195 prisões promovidas pelos policiais, e apenas cinco delas os policiais afirmam ter sido autuados em flagrante ("formação de quadrilha" e "dano qualificado"). Menores de idade, presos, teriam sido espancados, segundo relatam jornalistas que estiveram em delegacias policiais.

As pessoas manifestantes em São Paulo, que começaram o percurso às 17 horas da tarde dessa quinta feira (13/06), foram alvo de um verdadeiro massacre policial desde o primeiro momento da tarde, quando começaram a acontecer aprisionamentos e revistas. Vários manifestantes foram presos por portar vinagre, usado para combater os efeitos do gás lacrimogênio, entre eles Piero Locatelli, jornalista da revista Carta Capital (veja aqui).

A cobertura da Globo foi sendo peça-chave da premeditadamente violenta atuação da Polícia Militar, quem iniciou as cargas violentas (como chegou a dizer uma repórter da Globo News que cobria o ato ao vivo, in loco) contra o protesto pacífico quando este se aproximava da Avenida Paulista, coração do capitalismo latino-americano. A rede (des)informativa promoveu em sua cobertura a imagem de manifestantes como provocadores violentos ("baderneiros", "vândalos" etc.), apesar de vídeos como este abaixo demonstrar a agressividade repressiva premeditada da PM:


Além disso, existem documentos gráficos em que policiais danificam seus próprios veículos, desmontando a já escassa credibilidade dos órgãos repressivos:

Os confrontos nas ruas paulistanas deixaram dezenas (talvez mais de cem) pessoas feridas, que receberam atendimento em ruas adjacentes.

Contudo, apesar de a violência policial se prolongar impunemente por horas, manifestantes conseguiram entrar na Avenida Paulista, fortemente custodiada pelos 900 fardados que participaram no operativo repressivo da tarde dessa quinta-feira em São Paulo. Com as ruas principais completamente bloqueadas, os manifestantes aguentaram cassetetes, bombas de efeito moral e tiros com balas de borracha e, aos poucos, avançaram até ocupar por uns minutos a Avenida Paulista.

O pretexto sob o qual a polícia tentou disfarçar a tática repressiva foi que a manifestação perturbaria gravemente o trânsito na Paulista e que o barulho dela podia afetar hospitais e centros educativos. Portanto, a própria PM foi cortou o trânsito na Avenida (com efeito, evitando que a manifestação atrapalhasse, pois já era a polícia quem fazia), disparou e fez circular carros, cavalos, motos e mesmo carros-tanques, que certamente ocultaram os gritos procedentes da manifestação (conseguindo, portanto, que esta não molestasse as pessoas doentes nos hospitais, cujas opiniões a respeito dos decibéis policiais não foram divulgadas).

As forças armadas policiais atacaram dúzias de jornalistas (só da Folha de São Paulo foram sete), como neste vídeo em que fardados agridem profissionais da informação:

Interesse internacional

A brutal mas não infrequente violência exprimida pela PM despertou interesse internacional. Além de meios de comunicação do mundo inteiro, a Anistia Internacional expressou sua preocupação pela generalização da violência nas táticas repressivas da polícia brasileira.

Rio de Janeiro também acabou com violência policial

Na cidade carióca viveram-se cenas análogas às de São Paulo, embora com menor intensidade. A Avenida Presidente Vargas chegou a ser completamnete inabilitada na sequência dos protestos, mas fortes cargas policiais despejaram os vários milhares de pessoas presentes. Outras cidades como Porto Alegre, Santos ou Maceió viveram também fortes protestos e foram registrados atos repressivos por parte da PM dessas cidades.

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[Imagem das detenções em massa em São Paulo]

Blogue para pessoas feridas e petição pela revogação do aumento das passagens

O blogue http://feridosnoprotestosp.tumblr.com/ está recolhendo casos de pessoas feridas nos protestos desta quinta feira em São Paulo. Ainda, a petição online pela revogação dos aumentos nas passagens de ônibus conseguiu 4.000 assinaturas em apenas 4 horas desde o final do protesto em SP.

Acompanhamento ao vivo

O Diário Liberdade acompanhou ao vivo o acontecido em São Paulo e no Rio de Janeiro.

 

 


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