Segundo reportagem da Rádio Cooperativa, o dirigente comunitário Daniel Melinao mostrou-se preocupado com o estado de saúde dos réus e denunciou que não teve nenhuma aproximação das autoridades.
O dirigente informou que se interpôs um recurso de nulidade perante a Corte Suprema, para evidenciar que no julgamento "houve uma condenação racista, discriminatória e ao mesmo tempo não se respeitou o devido processo".
De acordo com Melinao, os presos têm maiores sintomas sintomas de tonteira, cansaço e em geral deterioramento físico, mas mantêm-se negados não só a ingerir alimentos, como também a ir a um hospital.
Erick Montoya, Rodrigo Montoya, Paulino Levipan e Daniel Levinao permanecem enclausurados no cárcere de Angol e exigem que a Corte Suprema de Justiça revise as condenações.
Os dois últimos foram sentenciados em agosto deste ano a 10 anos e um dia de prisão pelo delito de homicídio frustrado contra policiais Carabineiros em serviço e a 541 dias de cárcere por porte ilegal de arma de fogo.
Em comunicados emitidos recentemente, os presos defendem também a devolução total do território do povo Mapuche, a desmilitarização imediata das terras dessa comunidade e a não-utilização por parte da justiça de testemunhas protegidas nem montagens político-judiciais.