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detidoschileChile - Brasil de Fato - Petição para formaçao de uma comissão investigadora será levada ao Governo nacional, como resposta aos abusos cometidos contra estudantes.


A Federação de Estudantes da Universidade do Chile, organizações não governamentais defensoras de direitos humanos e um grupo de deputados nacionais solicitarão a formação de uma comissão investigadora para analisar as “numerosas e graves” denúncias de violência policial contra estudantes no país.

A petição será levada ao Governo nacional, como resposta aos abusos policiais cometidos pelo Corpo de Carabineiros durante o despejo de ocupações e marchas estudantis, especialmente aqueles de tipo sexual contra as jovens.

O congressista da Esquerda Cidadã (IC) Sergio Aguiló informou que recebeu em seu escritório uma série de testemunhos de afetadas por estes delitos, acompanhados de múltiplas denúncias de organizações sociais sobre isso.

Neste sentido, Aguiló anunciou que trabalhará de forma conjunta junto a legisladores do Partido pela Democracia (PPD), nas averiguações pertinentes sobre o caso.

No entanto, a advogada Patricia Rada, da Corporação Humanas, entidade ligada ao Centro Regional de Direitos Humanos e Justiça de Gênero, afirmou que a violência sexual policial se constituiu em um “padrão de conduta em relação às mulheres estudantes”, o que, em sua opinião, está se tornando cada vez “mais frequente e grave”.

“Temos recebido várias denúncias nos últimos despejos a respeito de nudez forçada, toques. Temos casos judicializados a respeito de golpes na vagina. Todos esses fatos violam os tratados internacionais que o Chile voluntariamente se obriga a respeitar”, enfatizou.

Por sua parte, a Corporação de Promoção e Defesa dos Direitos do Povo assegura que “os meninos, as meninas e as adolescentes têm sido vítimas de violência policial, de abuso tanto físico e psicológico como sexual”.

“Temos testemunhos que consideramos graves, porque não são fatos isolados e estão se transformando em práticas bastante comuns e sistemáticas dos Carabineiros do Chile”, denunciou a secretária-executiva, Alejandra Arriaza.

Além disso, a Defensoria Secundária advertiu que a polícia está usando “desaparições rápidas”, pois menores detidos são sistematicamente negados em diversas delegacias, sem que nem seus familiares ou companheiros possam ter conhecimento de seu paradeiro durante longas horas”.

Por outro lado, a deputada Cristina Girardi disse ser necessária a formação de uma comissão investigadora porque os fatos são graves, já que “há violação bastante sistemática de direitos humanos”.

A legisladora acrescentou que será apresentado um projeto de lei que incorpore à Justiça Militar os delitos sexuais.

“São as autoridades que cometem os delitos, são os Carabineiros que cometem os delitos, são os municípios que pedem os despejos forçados, são os diretores de estabelecimentos que amparam este tipo de situação e, é claro, nosso querido Ministério do Interior”, enfatizou.

Finalmente, a deputada Adriana Muñoz também integrará a comissão de investigação, de onde reiterará o rechaço à moção do governo sobre “resguardo da ordem pública” ou “Lei Hinzpeter”.


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