Nessa quinta-feira estudantes, organizações sociais, indígenas e defensores dos direitos humanos exigiram dos parlamentares que o projeto de lei que visa criminalizar o protesto social não fosse aprovado. O projeto foi elaborado pelo governo de Piñera e os debates legislativos sobre o projeto estão sendo realizados através da Comissão Cidadã da Camara de Deputados. Os parlamentares, pressionados pela população, decidiu protelar a discussão, tamanho foi o repúdio diante dessa iniciativa fascista. O projeto foi elaborado com o intuito de controlar o levante estudantil, que está alavancando a luta das categorias operárias. A rebelião dos estudantes, que teve seu estopim em julho de 2011, teve como principal causa a privatização da educação.
Piñera está abrindo mão de uma iniciativa fascista, como esse projeto que prevê a proibição de qualquer tipo de protesto. Quem protestar, segundo o que se pretende por em prática, poderá levar sérias retaliações.
Essa medida escancara a farsa democrática do regime capitalista. O que Piñera pretende fazer é passar por cima do direito de livre manifestação.
Todo o país se levantou contra a privatização da educação. Se existisse democracia, a vontade da maioria seria levada a diante. No entanto, para beneficiar os empresários da educação, o governo pretende reprimir a revolta estudantil e levar adiante o plano de destruição do ensino público.
A proposta do projeto procura penalizar com prisão a mobilização social - uma medida claramente fascista, de um regime em colapso. Apesar da tentativa, a pressão popular é grande contra a ofensiva da direita. “Se esta lei estivesse vigente em 2011, várias pessoas estariam presas. Em um sistema carcerário colapsado, isto tem alguma lógica?”, perguntaram as organizações sociais chilenas.