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chile02Chile - Prensa Latina - Nesta quarta-feira (25), milhares de estudantes, trabalhadores e cidadãos em geral voltaram a tomar a Alameda da capital Santiago para exigir mudanças de fundo no modelo político do país, marcado por abismais desigualdades sociais.


A mobilização é a principal ferramenta que o movimento social tem para demandar ações por parte das autoridades, enfatizou a reconhecida líder estudantil chilena Camila Vallejo na véspera da primeira marcha pela Alameda em 2012.

A vice-presidenta da Federação de Estudantes da Universidade de Chile previu uma nova escalada de protestos em massa por mudanças estruturais no modelo sociopolítico. "Esperamos ir aumentando a convocação", disse.

Vallejo manifestou estar convencida de que começa uma nova etapa na luta pelo estabelecimento no país de um sistema de educação pública e gratuita, garantido pelo Estado e por transformações radicais em múltiplos âmbitos sociais.

Também Daniela López, porta-voz da Confederação de Estudantes do Chile, assinalou que com o retorno às marchas se busca mostrar a transversalidade que atingida pelo movimento estudantil e sua transformação de uma organização gremial em uma de amplo caráter social que defende a mudança do modelo político em seu conjunto.

"Precisamos da massa de volta às ruas, que voltemos a lotar a Alameda, como também os parques, e que a cidadania siga apoiando nossas demandas", sublinhou a dirigente estudantil.

"Temos feito um chamado para que a cidadania novamente se mobilize; queremos deixar claro que nós estudantes ainda não fomos para casa, que ainda há muitas coisas a fazer e enquanto persista a injustiça nós estaremos aqui", disse no início da manifestação pela Alameda o presidente da Federação de Estudantes da Universidade Católica, Noam Titelman.

Da mesma forma Dafne Concha, presidenta da Associação de Pais e Apoderados, fez um chamado a toda a cidadania a se mobilizar para que os jovens que estão sem matrícula possam voltar a seus colégios e para que a educação chegue a todos.

"Queremos um Chile diferente", ressaltou na convocação da jornada nacional de protesto da quarta-feira, entendida aqui como um novo ponto de inflexão no panorama sociopolítico.

Da mesma forma, o Colégio de Professores do Chile respaldou o chamado à marcha dos líderes universitários e ponderou nesse sentido o significado da unidade.

Sobre esse tema Bárbara Figueroa, representante do sindicato dos professores, sublinhou que é alta a convergência entre estudantes e professores.

Opinou que "a solução não está em mais recursos nem em medidas que são uma simples maquiagem para um sistema fracassado, senão em reformas substanciais orientadas para um modelo de educação pública e gratuita garantida pelo Estado".

Bárbara ressaltou que "a briga é longa e dura" e assegurou que o problema do Chile não é apenas a educação. Há que avançar também em saúde e na recuperação dos recursos naturais, agregou.

Com essa ótica unitária foi convocada ontem a celebração do Dia Internacional dos Trabalhadores no Chile. Predominaram no chamado ao 1 de Maio as mensagens a favor da unidade e de retomar as mobilizações que apontem para mudanças estruturais no país.

"É o momento para que o movimento social organizado recupere sua capacidade de mobilização e levante com força as mudanças de fundo que o país requer", destacou o presidente da Central Unitária de Trabalhadores, Arturo Martínez, em representação da Mesa Social por um novo Chile.


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