Milhares de estudantes, professores e representantes do setor educacional do Chile marcham, nesta quinta-feira (27), para exigir uma educação pública, gratuita e de qualidade.

A marcha iniciará no campus da Universidade de Santiago do Chile e percorrerá as avenidas da Alameda e da Espanha até as ruas Blanco Encalada e Abate Molina.No marco dos protestos que se iniciaram no Chile há mais de um ano, em defesa de melhorias na educação, a Associação de Estudantes Secundaristas (Aces) e a Confederação de Estudantes do Chile (Confech) convocaram uma nova mobilização, que começa na Universidade de Santiago.

A poucos dias de o governo de Sebastián Piñera apresentar ao Congresso sua proposta de orçamento para 2013, vários líderes estudantis advertem que essa proposta levaria ao fechamento de uma série de colégios públicos.

O presidente da Confech, Gabriel Boric, acredita que desta vez os estudantes serão considerados no debate pela Lei do Orçamento, e que o governo terá "a decência" de dialogar com eles antes de enviar o projeto ao Parlamento.

"Como movimento estudantil temos muito o que dizer a respeito e, portanto, esperamos ser considerados neste debate. Nós temos uma atitude propositiva, mas não nos pareceria aceitável sermos ignorados", afirmou Boric.

Outra liderança da Confech, Noam Titelman, considerou que se realmente se pretende ter um sistema educacional mais justo, igualitário e que permita realmente um progresso social e econômico no país, é necessário que exista, de uma vez por todas, um verdadeiro orçamento para educação pública.

Há mais de um ano, estudantes e professores se manifestam nas principais cidades chilenas para exigir, do governo de Sebastián Piñera, uma educação pública, gratuita e de qualidade em todos os níveis.

Atualmente, muitas famílias chilenas se veem asfixiadas pelos créditos que são obrigadas a pedir aos bancos para financiar a educação superior de seus filhos, e em várias ocasiões devem decidir para qual deles deverão pagar estudos universitários.