Por isso, há que ter em conta a estratégia global dos Estados Unidos como potência imperialista e hegemônica, apontou durante um debate sobre o tema Rémy Herrera, especialista do Centro Nacional de Investigação Científica, da França.
Enfatizou que Washington procura socavar os mecanismos de integração existentes na América Latina, como a Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América e a Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos.
A situação de desestabilização na Venezuela, promovida desde o exterior, tenta desestabilizar a Revolução bolivariana e atiçar os confrontos entre esse país e alguns de seus vizinhos, como Colômbia, sublinhou.
Herrera referiu-se à existência de uma organização em massa de fuga de alimentos e o incentivo do contrabando através da fronteira entre ambas nações. Aproximadamente 30% dos produtos alimentares importados pela Venezuela, terminam em contrabando, exemplificou.
O pesquisador recordou que na medida em que se radicalizou a Revolução cubana, se recrudesceram as agressões econômicas dos Estados Unidos contra esse país. A seu julgamento, algo similar sucederá com o processo bolivariano, pelo que considerou necessário permanecer lúcidos com relação à natureza dessa guerra econômica.
O processo bolivariano é apoiado pelo povo porque beneficia-se de lucros em matéria de saúde, educação e alimentação, acrescentou.
Ao intervir no debate, Bernard Cassen, professor emérito da Universidade Paris VIII, referiu-se às pressões exercidas historicamente pelos Estados Unidos contra América Latina, como a perpetração de golpes de Estado, a aprovação de leis extraterritorial e outras formas de agressão.
Washington acha que pode utilizar qualquer método para conseguir seus objetivos e agora Venezuela está no colimador, manifestou.
A Festa de la Humanite, que tem lugar no parque departamental Georges Valbon aledaño a esta capital, conclui hoje depois de três dias de um intenso programa.