Como parte da greve geral, a COB planejou até três mobilizações na sede do governo, na central Praça Murillo, aonde chegam habitualmente todos aqueles que pretendem algum tipo de pressão sobre o Executivo em busca de conseguir seus objetivos.
Um dos dirigentes da entidade operária, Nicanor Baltazar, explicou que "em La Paz haverá uma concentração de todos os setores filiados à matriz sindical no Cemitério Geral, para continuar com uma marcha até o centro da cidade".
Ao mesmo tempo, Baltazar adiantou que para quinta-feira estão previstos bloqueios em diferentes lugares da capital, sobretudo em áreas onde estão localizados os postos de trabalho dos membros da COB.
Para sexta-feira, Baltazar informou sobre uma passeata de tochas, ainda que sem definir ainda os pontos de partida e destino, em tanto assegurou que as ações em cada um dos departamentos (estados) do país serão organizadas pelas filiais da COB.
A COB tomou partido pelos assalariados no conflito iniciado no fim do mês passado pela exploração do Filão de Rosario, pertencente a Colquiri.
Os assalariados pedem a nacionalização da referida mina, já os cooperativistas pretendem receber a concessão para explorar a mesma, para o qual, uns e outros, apelam a medidas extremas, entre elas bloqueios de estradas e caminhos.
O conflito chegou a seu clímax a princípios da semana anterior, quando um grupo de cooperativistas atacou com dinamite a sede da Federação Sindical de Trabalhadores Mineiros da Bolívia e provocou a morte de uma pessoa e feridas de diferente magnitude a outras nove.