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0011047775Colômbia - Opera Mundi - A campanha à reeleição do presidente Juan Manuel Santos, centrada no tema dos diálogos de paz com as guerrilhas do país, ganhou o apoio da esquerda e abre agora o desafio do mandatário de governar com as forças e interesses distintos que apoiaram sua vitória.


O candidato opositor, com quem Santos travou uma intensa disputa, Óscar Iván Zuluaga, reconheceu a derrota nas eleições deste domingo (15/06), mas afirmou que não se podem ignorar os sete milhões de colombianos que votaram nele.

As pesquisas mostravam que a paz não era o tema central para os colombianos no primeiro turno das eleições, mas diante da possibilidade de os avanços conquistados no diálogo com as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e com o ELN (Exército Nacional de Libertação) regredirem e de a guerra ser retomada com maior força, diversas personalidades políticas de centro, conservadores e sobretudo de esquerda e formadores de opinião, juntaram-se a Santos e apoiaram sua reeleição. Pode-se dizer que, ontem, a maior parte do país, como em uma espécie de plebiscito, votou pela paz.

O maior desafio de Santos agora será administrar os interesses tão diversos dos que o apoiaram. Analistas colombianos avaliam que o presidente terá que ajustar sua política para refletir o apoio recebido. Somente em Bogotá, Santos passou de menos de 450 mil votos para mais de 1,3 milhão, o que reflete apoios como o do prefeito da cidade, Gustavo Petro, e do Polo Democrático.

Em seu discurso de vitória, o presidente prometeu reformas. “Vamos corrigir tudo o que for para corrigir, vamos ajustar tudo o que houver que ajustar e vamos reformar tudo o que houver que reformar, porque a isso nos deve levar a paz, a iniciar profundas reformas em nosso país."

A realidade atual difere da de sua primeira eleição, quando venceu com mais de nove milhões de votos e tinha o apoio do ex-presidente e atual senador Álvaro Uribe, que conta com grande popularidade no país e é hoje seu maior adversário político.

De acordo com o informe Basta Ya do Centro de Memória Histórica, nos mais de 50 anos de duração do conflito armado na Colômbia, 218.094 pessoas morreram, 5,7 milhões foram deslocadas, 25.007 desapareceram e 27 mil foram sequestradas. "A mensagem de hoje é também para as FARC e para o ELN, é uma mensagem clara: este é o fim e é preciso chegar a ele com seriedade e decisão. Este é o fim de mais de 50 anos de violência em nosso país e o começo de uma nova Colômbia com mais liberdade, com mais justiça social, uma Colômbia em paz consigo mesma", disse o mandatário.

Oposição fortalecida

Ontem, Zuluaga fez um breve discurso no qual parabenizou Santos pela vitória, mas ressaltou que “a voz” dos quase sete milhões de cidadãos que votaram nele “terá que ser escutada pelo governo”.

“A luta continua. Amanhã será um novo dia para começar a organizar de maneira decidida nosso partido. O Centro Democrático é uma nova alternativa para a Colômbia, ali temos um extraordinário compromisso com o país. Lutaremos para que todas as promessas que fizemos sejam cumpridas”, disse Zuluaga.

Seu padrinho, no entanto, fez novamente denúncias contra o governo e a candidatura de Santos. “Em nome da paz, o governo Santos realizou a maior corrupção da história”. Uribe acusou ainda a campanha do mandatário de ter repartido dinheiro público com “prefeitos e governadores” para “forçá-los a intervir ilegalmente na campanha” e de realizar “propaganda ilegal com personagens que cumprem funções públicas”.


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