No início do vigésimo ciclo de conversas, a insurgência reafirmou sua disposição de chegar a um acordo humanitário que comece por um cessar bilateral de fogo e incorpore temas propostos por diversos setores sociais e políticos colombianos como a questão do paramilitarismo.

As Forças Armadas Revolucionárias de Colômbia-Exército do Povo (FARC-EP) qualificaram de positiva a proposta do vice-presidente colombiano, Angelino Garzón, que referiu a conveniência, de que tanto Governo como guerrilha, subscrevam um "Acordo sobre mínimos humanitários" que permita avançar nos diálogos de paz.

"Não obstante as limitações ostensivas da proposta [de Garzón], valorizamos esta positivamente e desde já, estamos dispostos a marcar com o Governo sua implementação imediata", afirmou a guerrilha no Palácio de Convenções desta capital.

"Para isso, o catálogo de obrigações do Governo deverá incluir entre outros aspectos, o desmonte de seus grupos criminosos, mal denominados Bacrim, que são as siglas do paramilitarismo criminoso que nunca tem deixado de existir nem de contar com o respaldo do Exército e a Polícia", completou a insurgência.

Assim mesmo, as FARC-EP denunciaram também que é o Governo, que sistematicamente se opõe a atingir um acordo humanitário. Ao respeito, a insurgência recordou a Garzón que desde o começo das negociações, a guerrilha propôs a assinatura de um cessar bilateral de fogo como parte de um pacto humanitário, com obrigações das partes com intuito de garantir um ambiente de tranquilidade na Colômbia enquanto se desenvolvessem os diálogos em Havana.

Sobre esse ponto, as FARC-EP expressaram que tal iniciativa tem sido recusada por altos porta-vozes civis e militares que em mudança avivam a confrontação armada, ao mesmo tempo que incrementam a violência contra os lutadores sociais e populares do país sul-americano.