De acordo com o comunicado das Farc, Trinidad foi extraditado aos Estados Unidos, o que representou uma violação de um preceito constitucional que proíbe a extradição de nacionais por motivações políticas, segundo informação da Televisão Cubana.

A organização insurgente também explica que para levar a cabo a extradição o acusaram de narcotráfico, do qual foi absolvido; depois o implicaram na captura de três norte-americanos após a derrubada por parte das Farc de um avião que realizava trabalhos de espionagem, informou a televisão cubana.

A guerrilha afirma que Trinidad não participou da ação nem era integrante naquele momento do Estado Maior Central da organização.

Simon Trinidad - de 63 anos - cumpre uma pena de seis décadas de prisão em condições inadequadas, informou Ivan Marquez, chefe do grupo rebelde que negocia as premissas para a paz com o governo de Juan Manuel Santos em Havana.

As Farc instaram as organizações políticas, sociais e defensoras dos direitos humanos de todo o mundo, assim como personalidades e autoridades religiosas, a insistirem na libertação do guerrilheiro.

Igualmente, exortaram o governo a que possibilite que ele se junte aos seus companheiros na capital cubana, em sua condição de integrante do grupo dos diálogos pela paz.

A declaração das Farc foi feita durante a retomada do ciclo de conversações depois de dois dias de trabalho em separado para o estudo de propostas relacionadas com o tema das drogas ilícitas, atual ponto das conversações.

Desde o início das conversações, as Farc se pronunciam pela libertação de Trinidad e sua incorporação na mesa de diálogos.