O G-77 reúne 133 países em desenvolvimento, perantes os quais o presidente Morales disse "Defenderemos um planeta sem imposições, hierarquias, saques de recursos e guerras intervencionistas, no qual sejam considerados os direitos da Mãe Terra (Pachamama)".
Para o mandatário, "a partir do G-77 devemos promover uma mudança nas prioridades da geração de riqueza, para passar do lucro e monopólio à satisfação das necessidades dos seres humanos", declarou durante a cerimônia que contou com as presenças do secretário-geral Ban Ki-moon, e do Presidente da Assembleia Geral, John Ashe.
"É urgente superar a democracia representativa pela democracia participativa e comunitária, com o objetivo de encerrar o domínio das elites, para que todas as vozes sejam ouvidas igualmente", observou Evo.
Defendeu ainda outro modo de produção e geração de riqueza de maneira mais sustentável, com o acesso aos serviços básicos como um direito humano universal, com a ciência a serviço da humanidade e o fim do capitalismo econômico, cultural, tecnológico e dos saberes. Para ele, o G-77 deve ser ativo na luta contra a fome, na construção de uma nova arquitetura financeira mundial e defesa dos recursos naturais pelos países.
"Não é possível que no século 21 continue a usurpação dos países por potências, é uma herança que tem que ser erradicada, porque os povos devem ser donos do seu destino", sentenciou. O mandatário boliviano também ressaltou a necessidade de uma ordem global sem impérios, marcado pela integração, paz e solidariedade.