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030713 moralesBolívia - Opera Mundi - Presidente boliviano ressaltou no aeroporto de Viena que "não nos deixaremos ser intimidados, esse é o tempo dos povos"


O presidente da Bolívia, Evo Morales, afirmou nesta quarta-feira (03/07) que a proibição de voo em terras europeias responde a uma "política imperial que busca amedrontar e ameaçar a todos os países e governos que pensam diferente e não se rendem a interesses hegemônicos". No aeroporto de Viena, pouco antes de embarcar rumo a La Paz após escala forçada na Áustria, Morales ressaltou que "não nos deixaremos ser intimidados, esse é o tempo dos povos".

Morales negou "qualquer conduta irregular" da aeronave presidencial, que vinha da Rússia e foi desviada para a Áustria, devido a suspeitas dos governos da França e de Portugal de que o ex-agente norte-americano Edward Snowden estava a bordo. "Não sou um criminoso", disse ele. "Não vão nos assustar. Somos um país pequeno, mas com dignidade", completou.

O presidente boliviano contou que o embaixador espanhol em Viena, Alberto Carnero, esteve no aeroporto e pediu que ele tomasse o café da manhã dentro do avião. "Para ver o avião e, no fundo, querer controlá-lo. Não sou nenhum criminoso para que me controlem o avião", ressaltou o presidente, que no aeroporto, em Viena, reuniu-se com o presidente da Áustria, Heinz Fischer.

Na capital austríaca, o avião não foi revistado, segundo o porta-voz do governo, por não haver razão legal para a ação. Morales regressava de Moscou (Rússia) para La Paz, na Bolívia. Ele participou de uma reunião dos países produtores de gás natural. A Bolívia é um dos 21 países aos quais Snowden pediu asilo político.

Unasul

Morales disse que quer convocar uma reunião de emergência da Unasul (União de Nações Sul-Americanas), que engloba 12 países inclusive o Brasil, para discutir a proibição dos governos de Portugal e da França ao ingresso do avião boliviano no espaço aéreo dos dois países. Diversos líderes sul-americanos declararam repúdio ao fato e sugeriram a convocação de uma reunião do organismo.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Bolívia, David Choquehuanca, disse que aguarda explicações das autoridades europeias. "Não sabemos de onde veio essa informação mal-intencionada, essa enorme mentira. Estamos a averiguar. Portugal e a França têm de nos dar explicações", disse o chanceler.

Choquehuanca disse que foi preparado um plano de voo alternativo, com a notificação do governo da França de proibição da aeronave sobrevoar o seu território. O chanceler confirmou que as autoridades de Portugal e da França suspeitavam de que o ex-agente estava a bordo.

Snowden é acusado de espionagem pelos Estados Unidos e está na Rússia esperando a concessão de asilo político. O ex-agente denunciou que os norte-americanos monitoravam e-mails e ligações telefônicas de cidadãos dentro e fora do país. Há ainda informações que comunicações da União Europeia também foram monitoradas. O norte-americano pediu asilo a 21 países, inclusive ao Brasil.


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