Nicolàs Maduro declarou no Teatro Junín de Caracas que o ministro espanhol "disse que está a ponto para vir e fazer mediação na Venezuela" e recomendou: "Senhor chanceler espanhol, não venha mediar na Venezuela, vá às ruas e atenda à classe operária espanhola, à qual vocês retiraram o direito ao trabalho, ao salário, às pensões", advertindo: "Chanceler espanhol, tire os focinhos da Venezuela; chanceler espanhol, fora de aqui; chanceler espanhol, impertinente. A Venezuela deve ser respeitada".
Depois das suas críticas ao governo de Mariano Rajoi, o líder bolivariano enviou uma "saudação especial" à "classe operária espanhola" e animou-a para "sair à rua e lutar pelo que a direita fascistoide está a usurpar-vos" acrescentando "Imaginem que a direita tivesse posto a mão no poder político na Venezuela. Nestas horas, a 1 de maio, a classe operária venezuelana estaria insurreccionada, porque teriam privatizado e assassinado. Não exagero, é o projecto de ódio do fascismo, que temos de continuar denunciando".
O ministro dos Negócios Estrangeiros, García-Margallo, indicou na sua visita à sede da Organização de Estados Americanos (OEA), em Washington, que "Espanha está sempre disposta a aproximar posições em qualquer região do mundo, e esta possibilidade é maior em países com os quais temos laços tão importantes, como os iberoamericanos, e a Venezuela" sublinhando ainda que "Teremos todo o prazer em fazer qualquer coisa, o que nos for pedido, para garantir uma Venezuela em paz, prosperidade e estabilidade".