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041012 Elecciones-VenezuelaVenezuela - Fazendo Media - [Fábio Nogueira] Hugo Chávez chegou ao poder na Venezuela parecendo que seria mais um daqueles presidentes caricatos de qualquer país latinoamericano, que simplesmente obedeciam às ordens do capital e ficaria por isso mesmo.  Engana-se quem pensou assim. No poder desde o fim da década de 90, o presidente venezuelano vem tomando medidas impopulares aos olhos da classe média dominante que sempre mamou nas tetas do petróleo venezuelano enquanto as camadas populares do país viviam numa das maiores desigualdades da AL.


Um país que não tem uma indústria automobilística e sequer plantava alimentos simples do dia-a-dia. Enquanto isso, os mesmos partidos se reservam a cada eleição não trazendo nenhum tipo de renovação. Com a vinda de Chávez começou um processo de renovação na América do Sul, onde presidentes das classes populares começavam uma outra história para o continente. Operários, indígenas,ex-combatentes de esquerdas, davam uma nova cara e novo jeito de independência para a região.

Os setores reacionários da VELHA MÍDIA BRASILEIRA BURGUESA (VMBB) os chamam de ditador. O povo mal informado aceitou o recado e acompanhou o bordão, sem mesmo saber quem era Chávez.  No próximo domingo (7) será a terceira reeleição de Hugo Chávez, onde o voto não é obrigatório. Ocorreram onze plebiscitos e o presidente venezuelano perdeu somente duas vezes.

A continuação de Chávez na presidência da Venezuela dará continuidade ao seu processo de uma nova AL, com um projeto bolivariano seguindo as raízes do maior libertador das Américas. Rebeldia que parecia perdida por vários anos e despertou todo um continente, que parecia dizer SIM ao maior capital especulador e selvagem.

A grande mídia vem chamando Chávez de ditador, por quê? Desde quando um ditador chama o povo para dividir as decisões e destinos de uma nação? Será que a grande mídia não está fazendo confusão com a Arábia Saudita? Nesse caso sim, trata-se de um reino comandado por uma família há séculos. E não se diz em derrubar a ditadura real, para se ter uma idéia as mulheres não votam e não podem dirigir carros, são dois pesos e duas medidas.

Chávez cometeu erros como outro qualquer governante, mas ao mesmo tempo foi sábio em não renovar uma concessão pública da emissora de TV, a rede RCTV.** Esta emissora fazia uma oposição suja contra ele e seu governo. Foi responsável pela tentativa de golpe em 2002 e outros episódios. O que a grande mídia chama de censura, os informados falam em não renovação da concessão. As regras de não concessões ocorrem em qualquer país democrático do mundo, o Estado venezuelano simplesmente fez o que a lei manda.

A oposição venezuelana, igual à brasileira, está no ostracismo rumo ao buraco do esquecimento. Inventou um jovem bonito, empresário e cheio de promessas de uma “nova” Venezuela para o povo. Naturalmente, a grande mídia está apostando toda as suas fichas nesse belo opositor. Caso vença a eleição nesse próximo domingo, a democracia estará de parabéns. Caso não vencer a democracia agradece também.

(**)  Documentário “A Revolução Não Será Televisionada”, dirigido por Kim Bartley, que conta a tentativa de golpe na Venezuela em 2002.

(*) Fabio Nogueira é militante da Educafro e estudante de História da Universidade Castelo Branco.  e-mail fabionogueira95@yahoo.com.br

Foto: DD


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