Ao mesmo tempo, significará um duro contratempo para o regime norte-americano, o qual apostou e se empenhou a profundidade para impedir que Chávez continue à frente do governo venezuelano, o qual representa para Washington uma grande espinha em sua garganta.
Mas, segundo todos os inquéritos, o mandatário sul-americano deve vencer nas eleições ante seu rival da direita neoliberal e os Estados Unidos não terão outro remédio que lidar com quem é atualmente um dos principais líderes da América Latina e do Caribe.
As eleições venezuelanas decorrem um dia antes de se comemorar, no próximo dia 8 de outubro, o 45 aniversário do assassinato na Higuera, Bolívia, de Ernesto Che Guevara, daí que uma vitória de Chávez nas urnas venha a se converter sem dúvida alguma em uma homenagem ao Guerrilheiro Heroico.
O Presidente venezuelano é hoje nesta região um dos fiéis seguidores do legado do Che, quem lutou pela unidade latino-americana e a construção da Pátria Grande, feitos com se estão consumando, apesar do obstinado propósito de Washington de os impedir.
Ao que tudo indica, este outubro vai se converter em um mês fatídico para a Casa Branca, e esperançoso para a América Latina, que joga nas eleições da Venezuela seu futuro e deixar de ser por fim o pátio das traseiras dos Estados Unidos.
Uma vitória de Chávez encarnaria um apoio para os países da região que estão imersos em processos progressistas como a Bolívia, Equador, Nicarágua, Uruguai e Argentina, entre outros, e uma derrota para a direita tradicional alinhada aos preceitos de dominação de Washington.
Ao mesmo tempo, seriam definitivamente enterradas as políticas neoliberais que, impostas pelas administrações norte-americanas, foram aplicadas por governos servis na América Latina, e que afundaram na miséria a seus povos, como está ocorrendo agora na Europa.
Que a América Latina continue transitando a partir de agora pelo mesmo caminho luminoso de progresso econômico e social que tem feito até hoje, depende em importante medida de que Chávez seja reeleito nas urnas no vindouro domingo.
Sua vitória solidificaría os anseios de integração das nações membros da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribeños (Celac), da Aliança Bolivariana para os Povos de nossa América (ALVA), da União de Nações Sul-americanas (Unasur) e do Mercado Comum do Sul (Mercosul).