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rafaelcorreaEquador - Prensa Latina - O presidente do Equador, Rafael Correa, advertiu que persiste hoje a ameaça de intervenção do Reino Unido na Embaixada deste país em Londres para prender o australiano Julian Assange, fundador do Wikileaks.


 "Disseram-no por escrito. Em todo caso o Reino Unido não se retratou, não pediu desculpas. Existe o perigo", precisou Correa em um programa televisivo há poucas horas.

Com respeito aos passos a seguir no Equador, disse que se reagirá com firmeza, com a lei na mão e o respeito ao direito internacional ante este fato intolerável.

Correa considerou a intenção expressa do Reino Unido como uma violação da soberania e ademais uma ação suicida porque, argumentou, mais tarde se poderiam violar as sedes diplomáticas desse país em todos os rincões do mundo.

"Seria um precedente nefasto", asseverou o mandatário no programa Perspectiva 7 da televisão pública nacional, na qual agregou que o maior prejudicado será o próprio Reino Unido, se tomar uma ação desse tipo.

Manifestou que se prosseguirão os gerenciamentos equatorianos em organismos internacionais, depois da condenação unânime da União de Nações Sul-americanas (Unasul) e a Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (ALBA).

No caso da Organização de Estados Americanos (OEA), cujos chanceleres se reunirão o próximo dia 24 em Washington, Correa indicou que espera também a rejeição às advertências britânicas a Quito.

Adiantou que apelarão à solidariedade internacional e chegarão a instâncias da ONU, ainda que descartou que seja na Assembleia Geral, ao considerar que nessa reunião se perde tempo e existem outros níveis aos quais é possível ir.

Questionou-se o fato de que Estados Unidos e o Reino Unido não sejam signatários indistintamente de convenções ou tratados internacionais, como o Pacto de San José e o Corte Internacional de Haia, como sim o são a maioria dos países latino-americanos.

Sobre a posição do Canadá e Estados Unidos no seio da OEA de que a ameaça britânica a Equador é um assunto que devem resolver os dois países em questão, Correa assinalou que em caso que fosse um deles, seguro seria um assunto de preocupação mundial.

Referiu que estas crises servem para que se consolide a pátria grande latinoamericana, porque unem a seus povos de maneira impressionante e isso ajuda à integração.

Também negou que Assange ou Equador impeça a aplicação da justiça sueca e assinalou que pelo contrário se brindaram as facilidades na delegação diplomática para sua declaração por supostos delitos sexuais.

Neste caso, explicou, não se deram garantias de que não seria extraditado a Estados Unidos, onde provavelmente seja julgado com pena de morte ao existir pressões políticas sobre ele.

Correa afirmou que sempre têm estado abertos ao diálogo, mas jamais negociaram a soberania de Equador, pelo que a atitude britânica foi de intransigência, e, no entanto, desse país não se extraditou Augusto Pinochet (ex-ditador chileno) em seu momento.

Assinalou que agradece os bons ofícios de qualquer nação, mas Equador e o Reino Unido são dois governos responsáveis que podem conversar diretamente sobre o tema.

Assange permanece refugiado desde 19 de junho na Embaixada de Equador em Londres e tenta evitar sua entrega a Suécia, e dali ser extraditado aos Estados Unidos, o país mais prejudicado pelos cabos de Wikileaks.


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