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paraguai-assuncao-comunicado-do-1Paraguai - ANA - Somos um grupo de jovens, trabalhadores, artistas, estudantes e ativistas sociais que decidiu okupar, recuperar e restaurar um edifício em situação de abandono, de propriedade dos trabalhadores enganados pela BNT, para tirá-lo da bolha imobiliária em que se encontra e transformá-lo em um centro cultural disponível a toda comunidade.


Atualmente, Assunção e seus arredores sofrem o acosso da especulação imobiliária, resultado da histórica desigualdade na distribuição de nossos territórios, que força o êxodo do campo para a cidade de comunidades inteiras devido ao modelo de produção capitalista, extrativista, ecocida e neoliberal. Este modelo agora fixa o seu objetivo sobre nossas cidades, promovendo a pilhagem e degradação de importantes patrimônios históricos para a memória coletiva, bem como a criminalização e a subjugação dos direitos dos habitantes assentados em comunidades ao redor da capital, como o Bañado Sur e Norte, como os bairros de San Gerónimo, Ricardo Brugada, San Pirópolo, Tablada e outros.

Sabemos do fracasso das instituições e seus mecanismos para garantir terra, trabalho, habitação, saúde e educação digna para a população, por isso decidimos okupar como coletivo, não só para viver e buscar uma saída pessoal, mas também para criar um Centro Social Autogestionado onde associações, coletivos, conjuntos, grupos e organizações sociais e iniciativas individuais, possam criar debates políticos, para visibilizar a desigualdade e gerar propostas a partir de nossas diferenças.

Não nos reconhecemos nos valores dominantes, já que acreditamos na solidariedade, na justiça social, na igualdade, na liberdade, e no apoio mútuo, na autogestão, na autonomia, na auto-organização e na força do povo.

Desde o Centro Social Okupado e Autogestionado “El Guano” não consideramos a okupação como um fim em si mesmo, mas um meio, um meio desde o qual criar e recriar espaços públicos questionadores da sociedade capitalista, da sociedade do espetáculo, da sociedade patriarcal.

Além disso, como um meio para criar um novo tipo de relações de vida e de relações coletivas em torno da autogestão do trabalho e da vida cotidiana, tentando romper as regras que nos são impostas pelo Estado ou pela iniciativa privada, pois não necessitamos de ninguém para gerir a nossa maneira de ser, de criar, de pensar, de nosso lazer e de nosso modo de vida.

Convidamos a sociedade civil e o público em geral para se envolver e se solidarizar com este projeto de emancipação, de subversão da vida cotidiana, da sociedade em que vivemos e que busca juntar-se aos inúmeros esforços de tempo e de espaço, a resistência global e local, na criação e na defesa dos espaços públicos. Nem um átomo, nem uma ideia se perde na eternidade.

Assembleia Okupa.


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