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121025 gasodutoMéxico - Adital - A Frente de Povos em Defesa da Terra e Água de Morelos, Puebla e Tlaxcala, que luta nestas regiões mexicanas contra a implantação de um gasoduto e de duas centrais termoelétricas em Huexca denunciou em aviso de imprensa que ontem (24) cerca de 30 soldados cercaram o local onde se encontram defensores/as de direitos humanos que buscam dialogar com o governo sobre o mega-projeto.


Para ajudar pressionar as autoridades a acabarem com a repressão e suspenderem o "Projeto Integral Morelos", pedem que pessoas solidárias com a causa escrevem com urgência ao presidente Felipe Calderón (felipe.calderon@presidencia.gob.mx) e para Dr. Raúl GonzáleZ Plascencia (correo@cndh.org.mx), da Comissão Nacional de Direitos Humanos (CNDH). O governador de Morelos, Graco Ramírez, também pode ser contactado.

O mega-projeto que está causando polêmica e sendo rejeitado pela população de Huexca é impulsionado pelo Governo Federal por meio da paraestatal Comissão Federal de Eletricidade (CFE) e da transnacional espanhola Elecnor e Abengoa. O projeto prevê a construção de um gasoduto e de duas centrais termoelétricas, sendo que partes do gasoduto serão colocadas nas faixas amarela e laranja de perigo do vulcão Popocatépetl, colocando em risco a vida da população local.

O gasoduto que abastecerá a termoelétrica de gás terá 160 km de comprimento, diâmetro de 30 polegadas, enterrado menos dois metros de profundidade e transportará 9,061 milhões de litros de gás metano por dia. Vai passar por 60 aldeias nos estados de Tlaxcala, Puebla e Morelos, sendo que nesta última, 23 km do gasoduto se localizarão em uma zona de alto risco.

A população desta região está ciente da inviabilidade do projeto e inclusive obteve parecer do Comitê Científico de Riscos do Vulcão Popocatépetl do Instituto de Geografia da universidade Nacional Autônoma do México (Unam), que recomendou que o gasoduto não fosse construído em virtude do risco que representa.

Além disso, a preocupação é com outros efeitos da termoelétrica, como a utilização de 20 milhões de litros de água por dia, que deve ser tirada de uma região que apresenta escassez de água; o despejo de água já utilizada no barranco Tezontitlán; o impacto no solo, ar, na vida da população, dos ecossistemas e dos animais; entre tantos outros.

Diante disso, a Frente de Povos em Defesa da Terra e Água de Morelos, Puebla e Tlaxcala exige "o cancelamento imediato desta iniciativa pelo risco que representa para a vida e para a deterioração do meio ambiente ao mesmo tempo em que vulnera os direitos humanos dos povos à informação e consulta sobre projetos de desenvolvimento que afetarão o meio ambiente são, o direito à alimentação, à segurança e à vida", manifestaram.

Também demandam respeito à consulta e ao consentimento livre, prévio e informado dos povos indígenas e mestiços, como determina a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e que o Estado cumpra medidas eficazes que impeçam o armazenamento e a eliminação de materiais perigosos nas terras ou territórios indígenas, como determina a Declaração das Nações Unidas sobre os direitos dos povos indígenas.

Os representantes da Frente de Povos ainda afirmam que aceitam retomar o diálogo com o governado do Estado de Morelos, mas impõem como condições a presença do governador Graco Ramírez em Huexca; o fim da repressão a esta comunidade e aos membros da Frente; a retirada total das forças públicas e a intermediação dos diálogos pela organização civil Serviços para a Paz (Serapaz).

Desde já, preocupados com a integridade física dos/as implicados/as neste processo de luta e resistência, responsabilizam o Estado mexicano, a Comissão Federal de Eletricidade (CFE) e a empresa Elecnor e Abengoa por qualquer agressão ou dano aos defensores/as de direitos humanos e aos indígenas e mestiços da Frente de Povos em Defesa da Terra e Água.


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