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tartaruga equadorEquador - Opera Mundi - Jorge Solitário passou 15 anos ao lado de uma fêmea para tentar se reproduzir. Quando copulou, não foi capaz de fertilizar os ovos.


Jorge Solitário, último sobrevivente da subespécie de tartarugas gigantes Chelonoidis Abingdoni foi encontrado morto nesta segunda-feira (25/06) em seu curral, no Parque Nacional de Galápagos.

Em um comunicado, a direção da reserva esclarece que o tratador Fausto Llerena, responsável pelos cuidados do animal, descobriu logo pela manhã que o quelônio não estava se movendo. Foi apenas ao checar seus sinais vitais que Llerena concluiu que Jorge não estava mais vivo.

"O corpo do quelônio estava em uma posição como se estivesse indo ao bebedouro de água”, explica a direção do parque. Ainda não há informações sobre as possíveis causas da morte, que serão avaliadas a partir da necropsia de Jorge. No momento ele repousa em uma câmara de refrigeração para retardar o processo de decomposição.

Não se sabe ao certo a idade do animal, que, segundo os responsáveis pelo parque, “ultrapassa os cem anos”. Essa tartaruga é originária da ilha Pinta, a mais setentrional formação do Arquipélago de Galápagos. Foi resgatada em 1972 por um grupo de caçadores que buscavam erradicar cabras introduzidas artificialmente na região e que destruíam o habitat das ilhas. Esse processo de devastação fez com que as tartarugas gigantes presentes na ilha beirassem a extinção.

Desde então, Jorge se integrou ao programa de criação em cativeiro do parque e passou por diversas tentativas de reprodução. Após 15 anos de convivência com espécimes da Ilha Isabela, finalmente aceitou uma parceira, mas não foi capaz de originar ovos férteis.

Edwin Naula, diretor do DPNG, mencionou que o Parque Nacional de Galápagos conduzirá no próximo mês de julho um workshop internacional para elaborar estratégias de manejo e recuperação das populações de tartarugas para os próximos dez anos.

"O workshop ocorrerá em homenagem ao Jorge Solitário". Isso porque "seu legado será um maior esforço pela investigação e gestão de técnicas para restaurar a ilha Pinta e todas as outras populações de tartarugas gigantes de Galápagos".

As Ilhas Galápagos devem seu nome às grandes tartarugas que vivem em seu território rico em biodiversidade marinha e terrestre. O arquipélago é considerado inclusive o laboratório natural que permitiu que o biólogo britânico Charles Darwin desenvolvesse sua teoria da seleção natural das espécies.

O arquipélago está situado a cerca de mil quilômetros das costas continentais equatorianas e foi declarado Patrimônio Natural da Humanidade pela Unesco em 1978.

 

 


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