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051212 meiosequador correaEquador - Carta Maior - Ao receber o Prêmio Rodolfo Walsh, da Faculdade de Jornalismo da Universidade de La Plata, o presidente do Equador disse que "os meios de comunicação mercantilistas não são livres nem independentes, mas submetidos ao capital". Correa criticou os meios de comunicação privados de seu país e ironizou: "Se um cachorro me morde , no dia seguinte entrevistam o cachorro. E se o chuto, me denunciam".


O presidente do Equador, Rafael Correa, recebeu o Prêmio Rodolfo Walsh, da Faculdade de Jornalismo da Universidade de La Plata e afirmou que "os meios de comunicação mercantilistas não são livres nem independentes, mas submetidos ao capital". Correa aproveitou seu discurso para criticar os meios de comunicação privados de seu país e ironizou: "Se um cachorro me morde , no dia seguinte entrevistam o cachorro. E se o chuto, me denunciam".

"Não somos intolerantes com a imprensa. Somos intolerantes com a mentira, a corrupção, a mediocridade, a má fé. Na América Latina a imprensa mente amparando-se na liberdade de expressão", afirmou Correa sobre a tensa relação de seu Governo com os meios de comunicação.

O mandatário equatoriano recebeu das mãos de Florencia Saintut, decana da Faculdade de jornalismo da Universidade de La Plata, o prêmio Rodolfo Walsh à comunicação popular na categoria de "Presidente latino-americano".

"É necessário democratizar a propriedade dos meios de comunicação e torná-los independentes da lógica de mercado", insistiu Correa e criticou os meios porque "caluniar um governo é liberdade de expressão, e se um presidente ousa contestar-lhes é um atentado à liberdade".

"Esses meios, no meu país, não entendem que as meias verdades são dupla mentira e dizem que devemos tolerar a mentira em nome da liberdade de expressão", frisou e agregou que "muitas vezes os negócios da comunicação se encontram vinculados intimamente com outros interesses empresariais, distintos aos da comunicação".

"Em meu país havia grupos econômicos que investiam em comunicação não para informar, mas para defender unicamente seus interesses", afirmou Correa em seu discurso.

"Qualquer regulação é satanizada como um atentado à liberdade de expressão, quando o que proveem é um bem indispensável e um direito que ninguém pode tirar e que não pode estar sujeito à lógica de mercado", concluiu.

A decana da Faculdade de Jornalismo, Florencia Saintout, assegurou que o reconhecimento dado a Correa se dá porque ele "é um dos líderes que com maior clareza expôs o dilema e a dicotomia na função que tem os meios de comunicação, que se acham donos da verdade e que tem, finalmente, um fim de lucro em oposição à comunicação dos povos".


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