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090912 adbColômbia - Coletivo de Ação Direta Comunista - Esse novo aceno das FARC de abandono das armas e da luta revolucionária contra a oligarquia colombiana e o imperialismo têm um significado que a esquerda reformista de todos os matizes tenta esconder a todo custo: a rendição pura e simples ao capitalismo.


Os partidos da esquerda reformista latino-americana e de outros continentes saudaram com alegria mais esse novo aceno das Forças revolucionárias da Colômbia (FARC) de abandono da luta armada contra o governo colombiano e a oligarquia cancerígena que domina aquele país com o apoio explicito do imperialismo. As FARC desejam a paz, este é o argumento e a causa principal de mais esse anuncio feito pelo seu alto comando para por um fim a uma guerra sangrenta.

Mas o que tem motivado há tempos o alto comando das FARC a buscar a paz com a oligarquia colombiana e com o imperialismo é o desejo de se incorporarem ao sistema burguês e participarem de suas eleições transformadas em partido político. Em seu interior o Partido Comunista Colombiano é o principal expoente dessa política de abandono da luta revolucionária e da guerrilha que já duram mais de 50 anos. Os guerrilheiros largariam as armas deixando as florestas e em contrapartida o governo anistiaria todos os crimes cometidos por eles contra a burguesia colombiana.

Ao anunciar o desejo de paz as FARC também anunciam o abandono do pouco de combatentes revolucionários que ainda carregam consigo. A paz neste caso é apenas uma desculpa para que o reformismo social-liberal de suas lideranças possa ser exercido sem que sejam acusados de rendição ao capital e ao imperialismo.

As FARC estão adotando, e não é de hoje, a mesma política de coexistência pacífica e de colaboração com o imperialismo, adotada em tempos passados pela burocracia governante da extinta União Soviética chefiada pelo então secretário geral do PCUS Mikhail Gorbachev. E todos os revolucionários conscientes sabem que com o imperialismo e com a burguesia não pode haver vacilações, conciliações, colaboração e nem mesmo essa besteira de coexistência pacífica. Ou se luta firmemente e de forma decidida contra o capitalismo, o estado e o imperialismo ou se continua de joelhos, conformados com a exploração e a miséria a que somos submetidos diariamente.

Muitos no interior das FARC, como o ELN (Exército de Libertação Nacional), uma das forças que a compõem, desejam levar a guerrilha adiante. O que significa que não existe consenso sobre a questão. O EP (Exército Popular) também se encontra dividido quanto a abandonar a luta armada e se incorporar ao sistema transformando-se em mais um partido de esquerda reformista. A pressão para que as FARC assim o façam também vêm de fora da Colômbia. Hugo Chaves, da Venezuela, é o maior defensor do fim da luta revolucionária e do acordo de paz. A socialdemocracia reformista latino americana também exerce enorme pressão sobre os guerrilheiros nesse sentido. Os principais partidos comunistas do continente, da Argentina, Chile, Uruguai, Venezuela, Peru, Brasil incluído o PT e o próprio Lula, trabalham nos bastidores para que a guerrilha deponha as suas armas.

Essa é a verdadeira política dos reformistas a serviço do capital e do imperialismo: derrotar a luta revolucionária do povo colombiano forçando-o a se curvar diante da oligarquia que há séculos mantém o país sob o controle dos interesses do imperialismo. Desejam criar na Colômbia um partido aos moldes do PT brasileiro e para isso precisam da resignada rendição dos revolucionários que se escondem nas florestas do interior do país. O governo colombiano já acenou que este disposto ao diálogo com a guerrilha. Paz não seria a palavra a correta, mas sim rendição.


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