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fragaAmérica Latina - Diário Liberdade - [Alejandro Acosta] Uma mesma política na Bolívia, na Venezuela, no Brasil, na Argentina, no Equador.


Aécio Neves (direita), candidato do Psdb nas últimas eleições brasileiras, apresentou o eventual futuro ministro da Fazenda Armínio Fraga (esquerda). Foto: Marcos Fernandes/Coligação Muda Brasil (CC BY 2.0)

As políticas desenhadas para a América Latina têm um comum denominador: aumentar os ataques contra as massas trabalhadoras. Os Estados Unidos buscam aumentar a espoliação do seu "quintal” por causa da crise e das derrotas nas demais regiões do planeta.

Os governos nacionalistas (os que representam os interesse de setores da burguesia nacional) não têm condições para encarar ataques em larga escala.

A direita pró-imperialista (a que representa abertamente os interesses estrangeiros nos respectivos países) busca impor o modelo mexicano: reforma trabalhista (liquidar os direitos trabalhistas) e privatizações (entrega das empresas públicas a troco de nada), como foi feito com Pemex (Petróleos Mexicanos).

Aécio Neves, o candidato do Psdb nas últimas eleições nacionais brasileiras, apresentou o eventual futuro ministro da Fazenda, o ex-presidente do Banco Central de FHC, Armínio Fraga.

Fraga tinha no currículo uma "maravilhosa" parceria com o mega especulador George Soros, o mesmo que participou ativamente do golpe de estado na Ucrânia.

Em 1993, Armínio Fraga (futuro presidente do Banco Central), Pedro Malan (futuro ministro da Fazenda) e Murilo Portugal (futuro presidente do Tesouro) participaram da "negociação" com os Estados Unidos, encabeçada pelo Secretário do Tesouro, Nicholas F. Brady, um homem ligado aos especuladores financeiros de Wall Street. Esse “time”, em apenas um final de semana, num paraíso fiscal (Luxemburgo) fizeram a mágica de duplicar a dívida externa, para US$ 110 bilhões. Com os novos títulos, ultrapodres, foram privatizadas as empresas públicas brasileiras, e ainda por 10% do valor. No caso da Vale (então Vale do Rio Doce), a privatização foi ainda mais ousada: a empresa foi "vendida" por 1,5% do valor de mercado.

A primeira medida que Armínio Fraga anunciou, no ano passado, caso Aécio Neves vencesse as eleições presidenciais, foi a redução dos salários pela metade.

Neste vídeo está a política da direita bem clara: tudo deve ser direcionado para manter os lucros dos bancos, principalmente para os "grandes da economia mundial" (os Estados Unidos, em primeiro lugar).

Contra a corrupção?

A pauta utilizada pela direita para a campanha contra o PT e os demais governos nacionalistas latino-americanos, e também no mundo, é a mesma que tradicionalmente a burguesia utiliza contra os governos que quer enfraquecer ou depor: o combate à corrupção. Um lema que é facilmente utilizado, porque a corrupção é inerente ao sistema capitalista.

A direita esconde, no entanto, que se o PT é corrupto, o PSDB e o DEM são muito mais. O PT está há três mandatos no governo federal, enquanto os outros governaram por décadas e venderam as principais empresas nacionais brasileiras a troco de nada.

A bandeira da luta contra a corrupção, no entanto, nunca esteve tanto em evidência como no último período, o que é um exemplo do fato de que a direita não tem muitas alternativas para voltar ao poder, a não ser por meio de expedientes extraparlamentares, como o judiciário, a imprensa, o exército, etc.

Não há uma divisão entre honestos e corruptos, que se mostra mais estúpida a cada denúncia de corrupção dos que procuram se apresentar como honestos e mais farsesca cada vez que a imprensa capitalista encobre essas denúncias. O que há é uma briga de interesses dentro da própria burguesia e a necessidade da direita brasileira, que só vem se enfraquecendo desde o fim da ditadura militar, de tentar se recuperar no cenário político nacional.

De fato, os maiores corruptos são os políticos da direita. E ainda mais, os maiores corruptos são os grandes capitalistas que somente sobrevivem corrompendo os políticos para assaltar os cofres públicos.

Para os trabalhadores, o que está em jogo não é a busca pelo político burguês honesto. O guia só pode ser seu próprio interesse de classe. Assim, ainda que o PT fosse honesto, ele continuaria sendo um partido que governa em favor dos banqueiros e dos grandes empresários, em favor da privatização, contra os direitos dos trabalhadores e atacando suas condições de vida. Para os trabalhadores, a única solução é a luta por sua organização independente e por um governo próprio, que atenda aos seus interesses.


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