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240514 luandaAngola - Angonotícias - Falta de professores e dificuldades nos acessos às escolas são dois dos problemas que perturbaram o primeiro trimestre do ano lectivo. O momento agora é de pausa e de aposta no Censo Geral. Quem não participa no processo tem de comparecer nas escolas. Caso contrário, sofrerá cortes no salário.


A capital do país precisa de um total de 4.215 novos professores para suprir a falta de docentes nas escolas de Luanda. A informação foi avançada esta semana pelo director provincial da Educação, André Soma, durante um encontro de auscultação e de balanço do primeiro trimestre com os responsáveis do sector.

A informação foi reforçada pelos delegados municipais e directores de escolas da capital que consideraram parcialmente positivo o primeiro trimestre. Os responsáveis esboçaram no encontro as maiores dificuldades enfrentadas durante o recém-terminado trimestre.

A falta de acessos às instituições de ensino, escolas inundadas e encerradas, devido às chuvas, e o défice de professores foram os principais problemas apontados. Flaviano Salomenha, responsável pelo sector da educação no município de Belas, disse que no seu município existem professores a dar aulas a duas turmas em simultâneo devido à falta de docentes. "Temos professores que leccionam duas turmas em simultâneo.

Temos procurado o apoio das escolas comparticipadas no sentido de nos fornecerem docentes, mas estes recusam-se. O Município de Belas trabalha com o distrito da Samba. Mas, os responsáveis de algumas escolas comparticipadas não deixam que os nossos colegas se apresentem no nosso município.

Muitas vezes são ameaçados. Por isso, estamos aqui para pedir colaboração", narrou o delegado da Educação do Município de Belas. No que toca aos constrangimentos provocados pelas chuvas, Flaviano Salomenha esclareceu que a situação teve maior incidência nas zonas do Tombo e Mussolo do Buraco devido à falta de acessos. "Mas, a situação ficou ultrapassada. Neste momento, estamos na fase de correcção das provas".

O distrito urbano da Ingombota terminou o trimestre com um défice de 152 professores, de acordo com a delegada local, Edna Costa. "Apesar de a Direcção Provincial de Luanda (DPL) nos ter enviado alguns professores, ainda registamos esta gritante falta", sublinhou a responsável, evidenciando igualmente o problema de acesso às escolas do seu distrito.

"As chuvas não afectaram grandemente as nossas escolas, porque nenhuma delas ficou parada por causa da chuva.

Tivemos sim, problemas nos acessos, como a escola da Boavista e da Chicala. Mas, felizmente, os nossos alunos foram avaliados sem problemas. Tendo em conta a gritante falta de professores, tivemos de agrupar os alunos por turmas.

Quer dizer, temos duas turmas a funcionar com o mesmo professor", explicou. Já a delegada municipal do Cazenga, Isabel Leitão, disse que as aulas no seu município tiveram início na data prevista, tendo sofrido igualmente transtornos no período de provas, devido à inundação de seis escolas, o que obrigou a sua direcção a estender a data de realização de provas. "Neste momento, decorre a correcção.

As escolas têm quase todas professores, mas temos falta de docentes de língua estrangeira, educação física e química", descreveu a chefe de repartição de Educação no Cazenga. Por sua vez, a representante do Município de Cacuaco, Maria de Fátima, informou que as aulas na centralidade de Cacuaco ainda decorrem devido ao atraso que se registou no início do ano lectivo. "São três escolas que vão ter aulas até Junho.

Duas na centralidade de Cacuaco e uma no bairro Maiombe, onde as aulas começaram somente na primeira quinzena de Março. Em relação às provas, tivemos dificuldades devido à chuva que cortou o acesso. Mas os alunos fizeram depois", finalizou a representante do delegado municipal de Cacuaco.

Os transtornos descritos foram semelhantes e as preocupações também, tal como deixaram transparecer nas suas alocuções, os delegados municipais e distritais de Icolo e Bengo, Luanda e Quiçama, Sambizanga, Maianga e Samba, respectivamente.


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