"O juiz do Tribunal Administrativo de Kiev, Valeri Kuzmenko, negou-se a examinar o caso sobre a proibição do Partido Comunista da Ucrânia e o entregou a outro tribunal", ressalta o comunicado do PCU publicado na quarta-feira (18) em seu site oficial.
Segundo Kuzmenko, o Tribunal Administrativo de Kiev não pode seguir investigando a demanda apresentada pelo Ministério da Justiça ucraniano devido à pressão por parte da Procuradoria-Geral.
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Na segunda-feira (16), a Procuradoria ucraniana informou sobre registros no prédio do Tribunal Administrativo devido a supostas falsificações no tribunal entre 2012 e 2015.
O líder do Partido Comunista da Ucrânia, Petro Simonenko, declarou em maio de 2014 que se fosse chefe de Estado "retiraria imediatamente todas as tropas" das regiões orientais do país e classificou a operação especial no leste como uma "guerra contra o povo".
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Em resposta, o então presidente Alexander Turchinov pediu ao Ministério da Justiça que inspecionasse a atividade da organização comunista e insinuou a possibilidade de proibi-la.
O Ministério da Justiça chegou à conclusão de que o PCU realizava uma atividade anticonstitucional ao apoiar os "separatistas".
Em 22 de julho os deputados ucranianos autorizaram o presidente do Legislativo a dissolver o grupo parlamentar comunista.