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rada ucrainaUcrânia - Voz da Rússia - O presidente da Suprema Rada (parlamento ucraniano) da Ucrânia Alexander Turchinov anunciou na quinta-feira (24) de manhã a dissolução da bancada parlamentar do Partido Comunista. Comunistas são nova vítima da "caça às bruxas" na Ucrânia.


Nas últimas semanas vários deputados populares da bancada do Partido Comunista saíram da representação deste partido no parlamento. Por isso, a composição deste grupo diminuiu em comparação com o período da sua formação durante a primeira sessão da Suprema Rada.

Em 22 de julho o parlamento da Ucrânia conferiu ao presidente deste órgão o direito legislativo de dissolver a bancada, desde que o seu corpo diminua em comparação com o período da sua formação durante a primeira sessão.

Turchinov prometeu na ocasião que durante um só dia iria submeter o projeto de lei ao exame do presidente solicitando que assine este documento imediatamente e a seguir iria anunciar a dissolução da bancada do Partido Comunista da Ucrânia. A lei entrou em vigor quinta-feira, dia 24 de julho.

Antes disso, o líder dos comunistas ucranianos Piotr Simonenko tinha declarado na entrevista à agência RIA Novosti que apesar da pressão por parte das autoridades, o Partido Comunista da Ucrânia continuará a participar em qualquer hipótese das eleições parlamentares antecipadas que podem ser realizadas no próximo outono.

Os comunistas já eram incômodos na Rada há muito tempo e os temperamentais deputados ucranianos da coalição de direita não o escondiam. Os ultrarradicais que enchiam o parlamento por diversas vezes se atiraram à pancada aos comunistas acusando-os de alta traição. A questão da proibição do PCU foi colocada a nível judicial, mas por mais que queiram, será impossível encontrar bases legais para essa proibição, diz o líder dos comunistas Piotr Simonenko:

"Não faz qualquer sentido falar aqui de constitucionalidade. Esta decisão atropela a vontade dos cidadãos, se trata de mais de 13 por cento dos cidadãos da Ucrânia. Nas últimas eleições 3 milhões de pessoas votaram no Partido Comunista e concederam-nos o direito de trabalhar no parlamento e de ter nossa fração parlamentar."

No contexto deste espetáculo absurdo encenado pelas autoridades ucranianas, a proibição do Partido Comunista não surpreende ninguém. A própria paródia de julgamento dos comunistas parece ser a sequência lógica da tragicomédia política interna ucraniana. As autoridades de Kiev não se envergonham de usar os métodos do macartismo estadunidense, que foi a campanha de perseguição aos comunistas nos anos de 1940-50. Os jornalistas já falam de "turchinismo", apesar de o presidente da Rada Alexander Turchinov ter ultimamente recuado para papéis secundários.

Em geral, Kiev segue escrupulosamente o plano elaborado em Washington: está criando um Estado inimigo de Moscou nas suas fronteiras. Qualquer cessar-fogo ou negociações com a população ucraniana de tendências pró-russas não estão previstas nesse plano. Para executar esse plano, as pessoas que permanecem no poder em Kiev não irão parar perante nada, afirma o diretor do Instituto dos Países da CEI Igor Shishkin:

"Sem dúvida que para Kiev o mais importante agora é a completa supressão da resistência. Para eles esse fim justifica completamente os meios. Essas são as mesmas pessoas que executaram o crime em Odessa. Para essa gente não há barreiras morais. Se for preciso arrasar uma cidade – eles irão arrasar a cidade."

Os políticos leais às autoridades ucranianas combatem com entusiasmo a Rússia e tudo o que é russo. Na cidade de Lvov, na Ucrânia ocidental, por exemplo, as cadeias de supermercados foram proibidas de vender produtos russos, embora os políticos se devessem preocupar mais com o poder de compra de seus habitantes. Os salários estão sendo cortados, os programas sociais são cancelados em nome dos gastos com a chamada operação antiterrorista nas regiões do sudeste. Também a mobilização geral decretada pelas autoridades está aquecendo os ânimos. Mesmo as mulheres mais antirrussas da Ucrânia Ocidental por qualquer razão não querem deixar partir seus maridos e filhos, e agora também os pais, para a chacina organizada por Kiev.


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