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mundiDiário Liberdade - [Alejandro Acosta] O ferrenho controle da tecnologia pelo imperialismo bate de frente, de maneira direta, com o “modelo multilateral” que buscam as potências regionais e os governos nacionalistas em geral.


Wikimedia Commons (CC BY 3.0)

O imperialismo aparece como fenômeno no final do século XIX em substituição ao capitalismo liberal. De acordo com a definição acunhada por Vladimir I. Lenin, no famoso livro Imperialismo Fase Superior do Capitalismo, a fase monopolista do capitalismo significa a fusão do capital industrial com o capital financeiro.

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O mercado mundial foi dividido por meio de sangrentas guerras, mundiais e regionais. Somente na Segunda Guerra Mundial morreram quase 100 milhões de pessoas. Uma nova divisão do mercado mundial, principalmente dos componentes centrais, em primeiro lugar o sistema financeiro, somente pode acontecer por meio dos mesmos mecanismos, ou seja, por meio de mais guerras sangrentas. No último período, apesar de não terem acontecido novas guerras mundiais, as guerras regionais têm proliferado.

É possível um mundo "multilateral"?

O “mundo multilateral” não passa de mera demagogia, ou, pelo menos, não passa de uma situação transitória que conduz, inevitavelmente, a novas guerras. O controle e a ampliação do mercado é vital para as grandes empresas capitalistas. Uma das principais leis que regem o sistema capitalista é a reprodução ampliada do capital. Conforme a crise se aprofunda a disputa se torna ainda mais acirrada.

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A fase monopolista do capitalismo não suaviza a concorrência, mas a torna muito mais acirrada em escala mundial. O capitalismo se transformou num capitalismo de estado. Os monopólios e as grandes empresas não conseguem sobreviver, isto é, gerar lucros, a não ser controlando com mão de ferro o estado burguês, que se encontra armado até os dentes.

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O controle, inclusive militar, das zonas de influência, é a regra. A monopolização da economia passa pela monopolização da tecnologia, dos mercados etc. A burguesia imperialista representa um ínfimo percentual da população. Por esse motivo, ela precisa do “mundo unilateral” como condição de sobrevivência e se opõe, pelo mesmo motivo, ao “mundo multilateral”.

As burguesias nacionais têm contradições e acordos com o imperialismo, mas como setores mais fracos da própria burguesia, ela teme o enfrentamento. Elas se apoiam nos próprios trabalhadores, por meio de programas sociais ou outras migalhas, para enfrentá-lo. Mas conforme aparecerem indícios de que os trabalhadores podem se organizar de maneira independente, a burguesia nacional se torna tão agressiva e reacionária como a burguesia imperialista em relação aos trabalhadores dos países atrasados.

Alejandro Acosta é cientista social, colaborador do Diário Liberdade e escreve para seu blog pessoal.


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