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rockAlemanha - Diário Liberdade - [Alejandro Acosta] De acordo com um estudo realizado pela Universidade de Zurich, após ter analisado 43.060 monopólios, concluiu-se que 1.318 deles formam o coração da economia capitalista e 147 controlam 40% da riqueza mundial. Os 20 monopólios mais poderosos são bancos.


Os bancos dos herdeios de William Rockefeller controlam 25% dos ativos dos 50 maiores bancos comerciais dos Estados Unidos e 30% dos ativos das 50 maiores empresas de seguros. Foto: Wikimedia Commons

Quem são as 150 famílias que dominam o mundo?

As 80 pessoas mais ricas do mundo, apresentadas no estudo ou na Revista Forbes, até são ricas e poderosas, mas quem realmente domina o mundo são aproximadamente 150 famílias, que, apesar de se manterem foram dos holofotes da propaganda, controlam a economia mundial por meio de uma série de mecanismos.

De acordo com a organização britânica Oxfam, com base num estudo realizado pelo Crédit Suisse e a lista anual da Forbes sobre bilionários, desde 2009, a riqueza de 80 pessoas dobrou, enquanto a “riqueza” dos 3,6 bilhões de pessoas mais pobres do planeta caiu.

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Em 2009, a fortuna de 388 bilionários correspondia à metade da renda mundial. Em 2016, a riqueza do 1% mais rico da população será igual ao dos 99% restantes da população mundial. Os 35 norte-americanos mais ricos acumulam uma fortuna de quase um trilhão de dólares. No Brasil, entre as 15 famílias mais ricas se encontram a família Marinho, das organizações Globo, e as famílias ligadas aos bancos Safra, Itaú e Bradesco, o grupo Votorantim, as empreiteiras Camargo Corrêa e Odebrecht, e o Grupo Abril.

Imperialismo: a fusão do capital industrial com o capital financeiro

Vladimir I. Lenin, o líder da Revolução Russa de 1917, no célebre livro “Imperialismo Etapa Superior do Capitalismo” definiu o imperialismo como a fusão entre o capital industrial e o capital financeiro.

O Bank of America, o JP Morgan Chase, o Citigroup e o Wells Fargo, junto com o alemão Deutsche Bank, o francês BNP, o inglês Barclays e outros monopólios europeus, são proprietários das quatro maiores petrolíferas, a Exxon Mobil, a Royal holandesa Shell, a BP Amoco e a Chevron Texaco.

Apenas dez grandes bancos controlam as doze agências da Fed (Reserva Federal) dos Estados Unidos: o NM Rothschild de Londres, o Rothschild Bank de Berlim, o Warburg Banco de Hamburgo e o Warburg Banco de Amsterdã, o Lehman Brothers de Nova Iorque, o Lazard Brothers de Paris, o Kuhn Loeb Banco de Nova Iorque, o Israel Moises Seif Banco da Itália, o Goldman Sachs de Nova Iorque e o Banco JP Morgan Chase de Nova Iorque. A maior parte do controle se encontra nas mãos das famílias Rockefeller e Warburg, por meio de figurões como William Rockefeller, Paul Warburg Jacob Schiff e James Stillman Rockefeller.

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A agência mais poderosa da Reserva Federal, a Fed de Nova Iorque, é controlada em 80% por oito famílias, quatro das quais são norte-americanas: Goldman Sachs, Rockefeller, Lehman Loebs Kuhn de Nova Iorque, os Rothschilds de Paris e Londres, Warburg de Hamburgo, Lazards de Paris, e os israelenses Moises Seifs, que têm base na cidade de Roma.

Os grandes grupos de especuladores, que dominam o mundo capitalista e controlam as principais alavancas do estado burguês, têm se integrado em um processo que começou com a criação da Reserva Federal em 1913 com a fusão do poder de oito famílias (Rockefeller, Rothschild, Wanburg, Morgan, Astor, Dupont, Guggenheim, Vanderbilt).

O controle do BIS (Bank for International Settlement)

O BIS (Bank for International Settlement) funciona como uma espécie de banco central mundial e é controlado pelos principais grupos de especuladores financeiros. O BIS é propriedade da Reserva Federal dos Estados Unidos, do Banco da Inglaterra, do Banco da Itália, do Banco do Canadá, do Banco Nacional da Suíça, do Banco Nacional da Holanda, do Bundesbank (banco central da Alemanha) e do Banco da França.

O primeiro presidente do BIS foi um banqueiro a serviço de Rockefeller, funcionário do Chase Manhattan e da Reserva Federal, McGarrah Gates. McGarrah foi o avô do ex-diretor da CIA, Richard Helms.

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No histórico do BIS, aparece o financiamento recorrente das Oito Famílias, o financiamento de Adolf Hitler, quando era dirigido por J. Henrique Schroeder e Mendelsohn Warburg do Banco de Amsterdã, e um empréstimo feito ao governo da Hungria em 1990, para garantir a privatização da economia daquele país. A imprensa burguesa tem divulgado algumas denúncias sobre o envolvimento com a lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas.

Durante a reunião de Bretton Woods esses grandes grupos de especuladores impulsionaram a criação do FMI (Fundo Monetário Internacional) e do Banco Mundial. Em 1944, os primeiros títulos do Banco Mundial foram acolhidos pela Morgan Stanley e pelo First Boston. O BIS mantém pelo menos 10% das reservas monetárias desses organismos e de, pelo menos, 80 bancos centrais do mundo.

Outras instituições que as Oito Famílias controlam são o Fórum Econômico Mundial, a Conferência Monetária Internacional e a Organização Mundial do Comércio.

A consolidação do poder da família Morgan

A família Morgan fundou a Universidade Drexel na Filadélfia e financiou o lançamento de vários monopólios, como a AT&T, a General Motors, a General Electric, a DuPont e o Banco Rothschild e Baring com sede em Londres. Em 1890, os Morgan fizeram empréstimos ao banco central do Egito e financiaram a construção das ferrovias russas, as dívidas dos governos estaduais brasileiros e projetos de obras públicas na Argentina.

Em 1879, a família Morgan financiou a Ferrovia Central de Nova Iorque que foi usada para transportar o petróleo da Standard Oil, as duas de propriedade da família Rockefeller, estreitando assim a relação entre as duas famílias, e monopolizando o transporte ferroviário e a produção de petróleo. As famílias Lehman, Goldman Sachs e Lazard se juntaram às duas com o objetivo de monopolizar o controle da base industrial dos Estados Unidos.

A Casa de Morgan, da família Morgan, juntamente com a Casa de Rothschid, da família Rothschild, controlou a venda dos títulos do Tesouro norte-americano entre 1895 a 1896. Em 1893, em plena crise capitalista, aumentaram o controle sobre o governo quando injetaram US$ 62 milhões em ouro no Tesouro para evitar uma corrida bancária. Em 1895, os Morgan controlavam o fluxo de ouro dentro e fora dos Estados Unidos.

A primeira grande onda de concentração de capitais nos Estados Unidos foi promovida por essas famílias. Em 1897, ocorreram sessenta e nove fusões industriais, e, em 1899, foram 1.200. Em 1904, John Moody (fundador da Moody’s Investor Services) já dizia que era impossível falar dos interesses de Rockefeller e dos interesses de Morgan separadamente.

A Standard Oil de Rockefeller, a U.S. Steel de Andrew Carnegie e as ferrovias de Edward Harriman foram financiadas pelo banqueiro Jacob Schiff, de Kuhn Loeb, que mantinha estreita colaboração com os Rothschilds na Europa.

A entrada dos Estados Unidos na Primeira Guerra Mundial, assim como 50% dos gastos totais, foi financiada pela família Morgan. Jack Morgan, filho e sucessor de J. Pierpont, financiou os Morgan da Remington e da Winchester para aumentar a produção de armas. Muito antes do início da Guerra, a empresa francesa de Rothschild Freres contactou a Morgan & Company em Nova Iorque solicitando um empréstimo de US$ 100 milhões, para possibilitar o pagamento de parte das compras francesas de produtos norte-americanos. Os principais empreiteiros, a General Electric, DuPont, US Steel, Kennecott e Asarco, eram clientes importantes da Casa Morgan.

A família Morgan também financiou a guerra da Grã-Bretanha contra os Boers, na África do Sul, e a Guerra Franco-Prussiana. A Conferência de Paz de Paris de 1919 foi controlada pela família Morgan, que liderou o financiamento para a reconstrução da Alemanha e os demais países europeus.

Uma investigação feita pelo Congresso dos Estados Unidos, em 1936, presidida pelo senador Gerald Nye (do Partido Democrata), revelou que os Morgan levaram os Estados Unidos a participar na Primeira Guerra Mundial com o objetivo de proteger o crédito, os empréstimos e impulsionar a criação da indústria de armas, o chamado complexo militar industrial.

A família Morgan sempre manteve relações próximas com as famílias Iwasaki e Dan, as duas famílias mais ricas do Japão, que são donas dos grupos Mitsubishi e Mitsui, assim como com Benito Mussolini, o chefe do governo fascista italiano.

A consolidação do poder da família Rockefeller

O monopólio do petróleo pelos Rockefeller foi financiado pelas famílias Kuhn e Rothschild por meio de empréstimos concedidos pelo National City Bank de Cleveland. Este banco era um dos três de propriedade da família Rothschild, nos Estados Unidos, durante a década de 1870, quando se ligou com Rockefeller na Standard Oil de Nova Iorque.

Na década de 1920, a família Rockefeller usou os recursos obtidos do petróleo para comprar a Equitable Trust, que tinha engolido outros grandes bancos e corporações. A Grande Depressão de 1929 ajudou a consolidar o poder. O Banco Chase Manhattan, propriedade da família Rockefeller, fundiu-se com o Kuhn Loeb Bank, que, no ano 2000, se fundiu com o JP Morgan, dando lugar ao JP Morgan Chase.

Entre os fundadores do Citigroup estão Edward Harkness, um alto executivo da Standard Oil, cuja família chegou a controlar o Chemical Bank, e James Stillman, cuja família controla o Manufacturers Hanover Trust. Duas das filhas de James Stillman casaram com dois dos filhos de William Rockefeller. As duas famílias controlam o Citigroup.

No negócio de seguros, a família Rockefeller controla a Metropolitan Life, a Equitable Life, a Prudential e a New York Life.

Os bancos de Rockefeller controlam 25% dos ativos dos 50 maiores bancos comerciais dos Estados Unidos e 30% dos ativos das 50 maiores empresas de seguros. Entre as principais empresas controladas pela família Rockefeller estão a Exxon Mobil, a Chevron Texaco, a BP Amoco, a Marathon Oil, a Freeport McMoran, a Quaker Oats, a Asarco, a United, a Delta, a Northwest, a ITT, a International Harvester, a Xerox, a Boeing, a Westinghouse, a Monsanto, a Hewlett-Packard, a Honeywell, a International Paper, a Pfizer, a Motorola, a Union Carbide e a General Foods.

Através de várias fundações, a família Rockefeller tem procurado criar uma camada de intelectuais pró-imperialistas e influenciar programas e políticas públicas no mundo todo: a Fundação Rockefeller, que tem estreitos laços financeiros com as Fundações Ford e Carnegie, a Rockefeller Brothers Fund, o Instituto Rockefeller de Pesquisa Médica, o Conselho Geral da Educação, a Universidade Rockefeller e a Universidade de Chicago, de onde surgiram os papas do chamado “neoliberalismo” como o tristemente célebre Milton Friedman.

Alejandro Acosta é cientista social, colaborador do Diário Liberdade e escreve para seu blog pessoal.


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