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240915 enfPortugal - Avante! - A luta não fica à espera.



A luta não fica à espera
Actualização de salários, respeito de direitos e defesa de serviços públicos juntaram operários da BA Vidro, pessoal da Soflusa e do INEM e enfermeiros do Minho na decisão comum de recorrer à greve, a poucos dias das eleições legislativas.

Nenhum dos problemas na origem destas lutas é novo e cada caso representa mesmo uma acusação ao Governo e ao patronato que beneficia com a política de acentuação da exploração dos trabalhadores.

Nas fábricas da BA Vidro teve lugar, entre os dias 19 e 22, o sexto conjunto de greves deste ano, apesar de a empresa ter reagido à luta com aumento da precariedade e agravamento de formas de pressão e assédio moral – como ao Avante! recordou Fátima Messias, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Vidreira e da Feviccom/CGTP-IN. A paralisação abrangeu um período que permitisse a cada trabalhador fazer greve por dois dias e os níveis de adesão foram considerados muito expressivos do descontentamento existente.
Numa saudação do sindicato e da federação aos trabalhadores, publicada no último dia da luta, destaca-se o efeito da greve na fábrica da Marinha Grande, onde apenas funcionaram duas das oito máquinas. Em plenários, a realizar nos próximos dias, os trabalhadores vão analisar a posição da administração e a concretização de novas formas de luta.
Sem qualquer fundamento legal ou contratual, a BA Vidro reduziu os dias de compensação, no trabalho por turnos, e diminuiu o valor do trabalho nos feriados e do trabalho suplementar. No sector de vidro de embalagem, esta é a única empresa onde ainda não existe um AE assinado com as estruturas da CGTP-IN.

Com forte adesão, provocando a interrupção das ligações entre Lisboa e Barreiro, tal como nos dias 14 e 15, os trabalhadores da Soflusa iniciaram esta segunda-feira uma nova série de greves de três horas por turno, que iria prosseguir até ontem. A luta foi desencadeada, como informou a Fectrans/CGTP-IN, para exigir o cumprimento integral do Acordo de Empresa, o respeito pela negociação colectiva e combater a onda repressiva, expressa em cerca de 90 processos disciplinares. Tudo isto ocorre num quadro de desestabilização da empresa e dos seus trabalhadores, devido às medidas do Governo, executadas pela administração da marca Transportes de Lisboa (que gere também a Transtejo, a Carris e o Metro), para embaratecer a privatização.
A recusa de aumentos salariais gerou ainda maior indignação, quando se soube que alguns quadros superiores tiveram acréscimos que atingiram 2500 euros por mês.

Para dia 1 de Outubro, foi convocada greve dos trabalhadores do INEM (tripulantes de ambulâncias e funcionários dos centros de orientação de doentes urgentes), de modo a permitir a maior participação numa manifestação em Lisboa, informou a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais.
Ao fim de várias reuniões de negociação para regulamentar a carreira de técnico de emergência pré-hospitalar, o Ministério da Saúde comunicou à federação da CGTP-IN que este processo não será concluído até ao final da Legislatura. Para a FNSTFPS, «esta traição» é «uma atitude vergonhosa e lamentável» e «viola o compromisso assumido», mas os trabalhadores «continuarão a lutar pela sua carreira e pelos seus direitos».
A manifestação começa às 11 horas, na sede do INEM, seguindo para o Ministério da Saúde.

Enfermeiros

Para o período de amanhã, 25, até dia 30, quarta-feira, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses convocou greves no Hospital de Guimarães e na Unidade Local de Saúde do Alto Minho (hospitais de Viana do Castelo e Ponte de Lima, 13 centros de saúde, unidades de convalescença de Valença e Arcos de Valdevez). «À exploração extrema respondemos com lutas extremas», afirma o SEP/CGTP-IN, nos comunicados a mobilizar para a luta.
O sindicato relata que, logo depois de o secretário de Estado da Saúde, no dia 15, ter declarado que o Ministério não se iria opor a um acordo do SEP com uma administração hospitalar sobre o reposicionamento salarial dos profissionais em regime CIT (contrato individual de trabalho), pediu reuniões de negociação para concretizar a harmonização dos salários, colocando estes enfermeiros a receber o valor estipulado para início de carreira.

Em Guimarães, à convocação da greve seguiram-se importantes alterações na posição da administração: após nove meses «na gaveta», o regulamento de horários foi publicado, para vigorar a 1 de Novembro; embora sem concretização de prazos, foi assumido que vão ser admitidos enfermeiros e que vão ser pagas as cerca de 19 mil horas em dívida; ao Ministério foi pedida autorização, por escrito, para o reposicionamento salarial dos enfermeiros com CIT, pelo que o sindicato remete para o Governo toda a responsabilidade pela confirmação da greve.

Na ULS Alto Minho, o conselho de administração não respondeu ao pedido de reunião negocial sobre o reposicionamento dos enfermeiros em regime CIT, feito pelo SEP no dia 17. Também está sem resposta o pedido de reunião, feito em Março, para tratar o regulamento dos horários. E «a grave carência de enfermeiros na ULSAM só não é reconhecida pelo CA». No comunicado contesta-se o não aproveitamento de possibilidades legais e administrativas de contratação directa de enfermeiros, alcançadas no início deste ano, e denuncia-se o recurso à subcontratação por um vencimento base bruto inferior a cinco euros por hora. «O CA é o único responsável pela greve», acusa o sindicato.


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