É uma catástrofe sem precedentes na história democrática do país e que empurrou centenas de milhar para fora de Portugal num exílio que não encontra paralelo nem nos tempos da guerra colonial.
O número de empregos está abaixo dos 4,5 milhões, o que significa um recuo de 298 mil em apenas quatro anos. E o desemprego de longa duração, superior mesmo a dois anos, já ultrapassa os 2 em cada 3 desempregados oficiais, fora todos aqueles e aquelas que já nem contam para as estatísticas ou que fugiram do país.
Agravando a situação os salários médios brutos desceram 400 euros/ano, destruindo a Segurança Social e a recuperação económica sustentada na procura interna.
Esta calamidade fez a pobreza aumentar para níveis de há dez anos, com uma em cada cinco pessoas em risco de pobreza, mesmo depois das pensões e apoios sociais porque também esses foram brutalmente cortados.
Amanhã é o debate do Estado da Nação na Assembleia da República e Passos Coelho e Paulo Portas vão dizer que Portugal está no “bom caminho”, mas não dizem o que há no fim desse caminho.