Apenas três dias antes de ser anunciada a nacionalização do Banco Espírito Santo (BES) e a injeção de 4,900 milhões de euros, o Banco Central Europeu cortou o financiamento da entidade e exigiu o retorno imediato de 10,000 milhões de Euros.

Isso todo aparece na ata da reunião do Conselho de Administração do Banco de Portugal, de passado domingo dia 3 de agosto. Esse documento foi permanentemente ocultado pelo governo português e conhecido apenas depois da nacionalização, a suspensão do BES na bolsa e a divisão da entidade, através do site do buffete de advocacia Miguel Reis & Associados, quem filtraram o documento. A equipa legal foi contratada no final do mês de julho para assessorar no processo de intervenção do BES.

Com a operação de nacionalização do BES, as contas públicas assumem os prejuízos derivados da má gestão à frente do Banco e das pressões do BCE, para assim resgatar os investimentos privados dos acionistas e grandes acionistas à custa do que resta do Estado social.

A ata pode ser consultada a seguir, e são os parágrafos 3, 4, 5 e 6 aqueles em que se pode visualizar a informação referida: