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120412 benArgélia - Opera Mundi - Primeiro presidente do país africano foi líder do panarabismo e fazia governo progressista até sofrer golpe em 1965


Mohamed Ahmed Ben Bella, primeiro presidente e ícone da independência da Argélia, morreu nesta quarta-feira (11/04), em sua casa, em Argel, aos 96 anos. A informação foi confirmada pela agência estatal APS. Um dos fundadores da FLN (Frente de Libertação Nacional) nos anos 1950, Ben Bella entrou em guerra contra a França e ajudou a obter a independência do país africano em 1962. Depois, governou o país entre 1963 e 1965, quando foi deposto por um golpe militar. Não foi informada a causa da morte do político.

Nascido em 1916 em uma família de muçulmanos sufistas na fronteira como Marrocos, em Marnia, Ben Bella cresceu falando francês e dialeto árabe argelino, só aprendendo a falar o árabe padronizado na adolescência. Alistou-se no exército francês e lutou na Itália durante a II Guerra Mundial (1939-1945). Voltou a Argélia e, mesmo depois de ter sido condecorado pelo general Charles de Gaulle, começou a sua carreira política em prol da independência da Argélia, motivado principalmente pelo massacre de manifestantes argelinos em na cidade de Sétif, em 1945. Para ele, foi a constatação de que os argelinos não teriam futuro em uma sociedade comandada por colonos europeus.

Assim, ele organizou o Movimento pelo Triunfo das Liberdades Democráticas, o qual pleiteava igualdade para os argelinos. O movimento foi declarado ilegal em 1949 pela França e Ben Bella caiu na clandestinidade. Em abril de 1949, ele e outros ex-militares argelinos atacaram o correio da cidade de Orã, iniciando a revolta contra a França. Após oito anos seguidos de luta armada, finalmente consegue seu objetivo em 1962, e acabou eleito no ano seguinte por maioria esmagadora.

Um dos seis líderes históricos da guerra pela independência, Bella viveu em prisão domiciliar de 1965 até 1980 após ter sido deposto pelo coronel Houari Boumedienne, até se exilar na Suíça. Voltou ao seu país em 1990 e, mesmo sem obter sucesso eleitoral, se tornou um importante ator no cenário político-social do país, além de ícone do panarabismo e do movimejto contra o colonialismo. Desde 1999, tornou-se representante oficial do presidente Abdelaziz Bouteflika.


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