1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 (0 Votos)

121111_nat_turnerEstados Unidos - PCO - Turner estava disposto a fazer os escravistas pagarem por todo sofrimento dos negros.


Nathaniel "Nat" Turner foi um escravo americano que liderou uma rebelião de escravos na Virgínia, em 21 de agosto de 1831.

A revolta dos escravos levou à morte de 60 brancos e, em retaliação do estado, centenas de negros foram executados. Foi o maior número de mortes ocorridas em um levante antes da Guerra Civil Americana no sul dos Estados Unidos.

Em resposta, o estado executou imediatamente 56 negros acusados de fazer parte da rebelião de escravos de Turner. Centenas de negros também foram espancados e mortos por milícias brancas.

Por conta do levante, outros estados do sul, além de Virginia, aprovaram leis proibindo educação para escravos e negros livres. Também foi restringindo os direitos de reunião e de outros direitos civis para os negros livres, e foi exigida a presença de ministros brancos para estar presente em cultos religiosos de negros.

Além de ser considerado muito inteligente, Turner era muito religioso e acreditou ter recebido uma mensagem e sinais dos céus afirmando que ele tinha uma missão: "matar meus inimigos com suas próprias armas".

A revolta

Turner começou a tramar o levante com alguns companheiros escravos de confiança. A data prevista era o 4 de julho, dia da independência americana, mas foi adiada para 21 de agosto de 1831.

O plano era simples: os rebeldes viajavam de casa em casa, libertando escravos e matando as pessoas brancas que encontravam. Conta-se que os rebeldes somavam mais de 70 escravos livres.

Para não causar alarde, os revoltosos usavam facas, machados, e instrumentos contundentes ao invés de usarem armas de fogo. O ódio por conta das mazelas da escravidão fez os escravos não levarem em consideração idade ou sexo.

Turner também pensava que a violência revolucionária serviria para despertar os brancos para a realidade da brutalidade inerente ao sistema escravista. Segundo relatos, Turner disse mais tarde que ele queria espalhar "terror e alarme" entre os brancos.

Poucos dias depois da rebelião Turner seria capturado, conseguindo fugir posteriormente. Após ser recapturado, em cinco de novembro de 1831 ele foi julgado, condenado e sentenciado à morte por enforcamento. Seu corpo foi esfolado, decapitado e esquartejado. Outras centenas de escravos também foram executados por participação ou suspeita de ter ajudado Turner, outros foram vendidos.

Depois de sua execução, seu advogado, Thomas Ruffin Gray publicou As Confissões de Nat Turner, derivado em parte da pesquisa feita enquanto Turner estava escondido e em parte a partir de conversas diretas com Turner antes do julgamento. Este trabalho é o principal documento histórico sobre Nat Turner. Além da execução de centenas de escravos, as legislações dos estados se tornaram mais rigorosas com os escravos.

A rebelião não era isolada. O historiador Herbert Aptheker escreveu que a rebelião se somava a cerca de 250 casos semelhantes, embora nenhum deles tivesse atingido a escala da revolta de Nat Turner. Turner é considerado como um herói por muitos negros norte-americanos e negros do mundo inteiro.

A agressividade da revolta, que não perdoou nem mulheres e crianças, até hoje levanta críticas de analistas modernos que não compreendem a realidade cruel da escravidão e o ódio que surge da opressão.

Turner estava disposto a fazer os escravistas pagarem por todo sofrimento dos negros, e este é um dos milhares de exemplos de luta do povo negro contra a opressão racial.

 


Diário Liberdade é um projeto sem fins lucrativos, mas cuja atividade gera uns gastos fixos importantes em hosting, domínios, manutençom e programaçom. Com a tua ajuda, poderemos manter o projeto livre e fazê-lo crescer em conteúdos e funcionalidades.

Microdoaçom de 3 euro:

Doaçom de valor livre:

Última hora

Quem somos | Info legal | Publicidade | Copyleft © 2010 Diário Liberdade.

Contacto: info [arroba] diarioliberdade.org | Telf: (+34) 717714759

Desenhado por Eledian Technology

Aviso

Bem-vind@ ao Diário Liberdade!

Para poder votar os comentários, é necessário ter registro próprio no Diário Liberdade ou logar-se.

Clique em uma das opções abaixo.