"No que se refere à teoria socioeconômica, eu ainda sou um marxista", afirmou Tenzin Gyatso, o 14º Dalai Lama. Ele acrescentou que admira o marxismo porque é uma ideologia que se preocupa e combate a desigualdade entre ricos e pobres.
"Nos países capitalistas, existe uma desigualdade crescente entre ricos e pobres. No marxismo, há ênfase na distribuição igualitária. Isso é muito importante para mim", disse Dalai Lama, citado pelo portal indiano Times of India.
Realmente, a nível mundial, a desigualdade só aumenta. Com o passar dos anos, no atual sistema capitalista, os ricos ficam mais ricos ao passo que os pobres ficam cada vez mais pobres. Dados da Oxfam revelam que os 85 multimilionários mais ricos do mundo concentram tanto dinheiro como as 3,5 bilhões de pessoas mais pobres, ou seja, metade da população mundial.
Ele lembrou também que muitos dos antigos marxistas ao redor do mundo abandonaram seus ideais e se entregaram ao sistema capitalista. "Muitos líderes marxistas são agora capitalistas em seu pensamento. Isso depende de sua motivação, pensamento, perspectiva mais ampla", disse o líder budista.