Por exemplo, segundo escreve o New York Post, a cantora Madonna foi acusada de usar esta história para promover o seu novo álbum Rebel Heart. A diva pop postou no seu Twitter a imagem 'Je suis Charlie' junto com a etiqueta com o nome do álbum. Ao mesmo tempo muitos atores aproveitaram a cerimônia do Globo de Ouro, realizado no dia 11 de janeiro em Los Angeles para mostrarem cartazes com o lema 'Je suis Charlie', inclusive, por exemplo, Diane Kruger e Joshua Jackson.
As empresas do mundo digital também participaram da campanha. Por exemplo, segundo escreve o jornal Info Online, o presidente da Apple, Tim Cook, teria aprovado pessoalmente a publicação de um aplicativo para iOS da campanha 'Je Suis Charlie'. O app permite ao usuário mostrar apoio à campanha, em apoio às vítimas dos ataques terroristas em Paris, ao compartilhar sua localização em um mapa. A Apple já havia mostrado seu apoio à campanha 'Je Suis Charlie' ao colocar a frase no rodapé da versão francesa do seu site. Há quem pense que se trata de puro consumismo.
O outro problema discutido na mídia e nos blogs é uma certa hipocrisia da sociedade ocidental que se mobiliza e condena o terrorismo na Europa mas não se preocupa com os atos de terror mais sangrentos contra população civil na África Ocidental (onde, por exemplo, a organização terrorista Boko Haram matou mais de 2.000 pessoas durante os últimos dias) ou no Oriente Médio e no leste da Ucrânia. Neste momento muitos usuários do Twitter na Rússia e talvez na Ucrânia usam a etiqueta #JeSuisDonbass para atrair a atenção ao tema, que tem sido calado da mídia ocidental, dos sofrimentos da população civil nas áreas do leste da Ucrânia onde se realiza a chamada operação especial pelas autoridades de Kiev.