1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 (0 Votos)

140116 refuAlemanha - Esquerda Diário - [Marius Maier] No domingo a noite, um grupo de nazistas protagonizou uma verdadeira “caça de imigrantes”. No dia anterior o movimento direitista Pediga já havia feito outros ataques em Colônia.


 Em Leipzig, um bando fascista de 250 pessoas atacou vários lugares no bairro de esquerda Connewitz. Estes ataques reafirmam a necessidade de uma autodefesa coletiva por parte da esquerda, dos trabalhadores e de imigrantes.

Nos dias posteriores às agressões sexuais em Colônia, o clima racista na Alemanha deu um novo salto. Não só o governo já planeja novas leis racistas, também os bandos fascistas atuam cada vez mais abertamente caçando os imigrantes. No domingo a noite cerca de 20 nazis, provavelmente ligados hooligans (a torcidas de futebol) e a seguranças de discotecas, se concentraram para atacar um grupo de paquistaneses, sendo que dois desses tiveram que ser hospitalizados. Pouco depois, cinco nazis perseguiram um refugiado sírio.

Já no dia anterior o movimento de direita xenófobo Pediga deu uma forte demonstração em Colônia. Uma manifestação com mais de mil participantes, onde se escutou slogans como “refugiados não são bem vindos” e se viu saudações hitlerianas, terminando sendo dissolvida pela policia com jatos de água, sendo revidada com pedradas e garrafadas.

O discurso racista que se escuta depois do sucedido no Natal em Colônia encontra assim novos “aliados” das mulheres entre os nazis aos quais não importam em nada os direitos das mulheres, e sim o contrário. Contra isso se organizaram vários protestos anti-racistas e anti-sexistas, como por exemplo um flash mob com o lema: ”Não à Violência Contra mulheres, não importa se em Colônia, no Oktuberfest ou no dormitório”.

Na segunda-feira os ataques nazistas continuaram, desta vez em Leipzig. No centro da cidade, "Legida” (Pegida em Leipzig) se manifestou para celebrar o seu primeiro aniversário com Lutz Bachmann e 3.400 participantes. Enquanto um bando de 250 nazi-hooligan causou estragos no distrito Connewitz. Com bastões de beisebol, barras de ferro e paralelepípedos destruíram vitrines e veículos, atacando bares frequentados tradicionalmente pela esquerda, por fim invadiram uma loja de fogos de artifícios tocando fogo nela.

Os fascistas deixaram rastros de devastação em várias centenas de metros antes de serem contido pela polícia, que deteve 211 criminosos e tomou seus dados pessoais. Eles foram identificados como hooligans nazistas do time de futebol Lokomotive Leipzig. Os moradores furiosos e antifascistas atacaram os fascistas presos e veículos de transporte de prisioneiros, ao que se seguiram embates entre a esquerda e a polícia.

Apenas algumas semanas atrás, o prefeito social-democrata de Leipzig, Burkhard Jung, falou de "terror aberto" praticado pela esquerda depois de terem impedido uma marcha do partido "A DIREITA" com barricadas. Mas agora tornou-se claro o que acontece se os nazistas marcham livremente pelas ruas.

No clima atual, manifestações racistas, de extrema-direita e bandos fascistas violentos vão agir cada vez mais. Já nos últimos meses, a violência nazista contra os refugiados com ataques a suas acomodações tinha aumentado de forma maciça. As bandas terroristas fascistas tomaram as ruas nos últimos dias em Colônia e Leipzig num sinal de sua crescente confiança. Não há ainda um movimento de massa fascista como em 1938, como agora sugerem alguns burgueses históricos, mas o ato cada vez mais aberto nazista adquire lentamente uma nova qualidade.

Correntes humanas com velas não vão parar esta escalada da direita. À violência fascista temos de responder com auto-defesa coletiva das organizações de esquerda, de imigrantes e trabalhadores.

Não podemos confiar no Estado burguês para isso. A polícia mostrou mais uma vez que não tem nenhum problema com a violência, dando sinal verde para marchas nazistas, enquanto criminaliza a resistência antifascista. Isso também aconteceu na segunda-feira em Potsdam e Munique, quando em Pegida bloqueios bem sucedidos, organizados pela esquerda, foram atacados pela polícia com cassetetes e spray de pimenta para limpar o caminho para os fascistas, incluindo até mesmo assassinos.

E por que deveriam se comportar de forma diferente? Afinal de contas, a polícia realiza a política que os nazistas afirmam com veemência, como os controles racistas e as deportações. A resposta da esquerda à violência fascista, portanto, deve também ser dirigida contra o Estado que com suas leis, ajustes social e suas guerras fazem o jogo nazis.


Diário Liberdade é um projeto sem fins lucrativos, mas cuja atividade gera uns gastos fixos importantes em hosting, domínios, manutençom e programaçom. Com a tua ajuda, poderemos manter o projeto livre e fazê-lo crescer em conteúdos e funcionalidades.

Microdoaçom de 3 euro:

Doaçom de valor livre:

Última hora

Quem somos | Info legal | Publicidade | Copyleft © 2010 Diário Liberdade.

Contacto: info [arroba] diarioliberdade.org | Telf: (+34) 717714759

Desenhado por Eledian Technology

Aviso

Bem-vind@ ao Diário Liberdade!

Para poder votar os comentários, é necessário ter registro próprio no Diário Liberdade ou logar-se.

Clique em uma das opções abaixo.