Como em grande parte da Europa, a extrema direita na Suécia cresce a passos largos. Com a crise econômica do país e o crescente fluxo de refugiados de países do Oriente Médio, o partido da extrema-direita Democratas Suecos já são a terceira força do país, com 20% das intenções de voto.

Uma das principais campanhas que impulsionam o DS é a redução de 90% de pessoas que buscam refúgio na Suécia. O partido também é responsável por campanhas em toda a Europa que disseminam informação para imigrantes não buscarem refúgio no país. A mais recente campanha inclui propaganda em países com grande fluxo de refugiados no Oriente Médio.

“Não há dinheiro, não há empregos, não há casas” são umas das principais afirmações nos milhares de folhetos distribuídos pelo DS. Com isso, o DS fomenta o medo nas camadas de classe média Sueca. Comparada com as eleições de 2014, onde o crescimento do DS já era grande, eles tiveram 12, 9% das intenções de voto agora as pesquisas apontam para um crescimento de mais de 20%.

Desde novembro, com a grande campanha contra imigrantes, a polícia vem revistando e fazendo controles de passageiros nas fronteiras suecas, o que era inédito desde que o país entrou na União Europeia em 1995, principalmente se levarmos em conta que a Suécia tem uma antiga tradição de abrigo a imigrantes. O país recebeu refugiados do Chile nos anos 70, do Irã e do Iraque nos anos 80, da Somália e dos Bálcãs nos anos 90. Só de refugiados iraquianos, foram mais de 5 mil até 2007, o dobro do que os Estados Unidos e Canadá juntos.

O risco da extrema-direita chegar ao poder é real, mesmo não tendo maioria ainda, o crescimento do DS é um sintoma geral na Europa. Países vizinhos da Suécia como a Noruega é a Dinamarca já contam com uma extrema direita mais consolidada e racista no poder, o que pode ser uma realidade a curto prazo também na Suécia.