Harris, de 44 anos, morreu atingido por um disparo do agente Robert Charles Bates, que justificou sua ação ao afirmar que acreditava ter nas mãos sua arma de choque e não a habitual com balas.

A polícia local divulgou um vídeo que mostra o encontro do suspeito com o vigilante branco que o persegue e derruba para detê-lo, com o argumento de que o afrodescendente tentava vender uma arma ilegal a um agente disfarçado.

Quando o oficial tentava imobilizar Harris no chão, escutou-se um disparo e a voz de alguém que diz: "Atirei nele, tenho certeza", enquanto a vítima queixa-se que não pode respirar e o policial lhe responde "vai pro diabo com sua respiração".

Os especialistas revisaram o incidente e concluíram que Bates disparou depois de sofrer um fenômeno conhecido como lapsos e confusão automatizada.

O incidente acontece depois que, no dia 8 de abril, o departamento de Polícia de North Charleston, Carolina do Sul, demitiu um de seus membros envolvido na morte de um afro-americano.

O oficial Michael Thomas Slager foi expulso porque o crime foi filmado e o vídeo avivou a polêmica com relação à persistente violência policial contra a comunidade negra estadunidense.

No vídeo divulgado um dia antes aparece Slager que dispara oito vezes pelas costas contra Walter Lamber Scott, de 50 anos, até que o mesmo cai no chão.

Estes casos ocorrem depois do aumento das tensões raciais no país, exacerbadas por vários casos com ampla repercussão desde 2014, entre eles as mortes de Michael Brown em Ferguson, Missouri; e Eric Garner em Staten Island, Nova York.

Fonte: Prensa Latina