Domingo voltou a ser homenageada no seu bairro, Deustu.
Os amigos e familiares não esquecem Yolanda González. Assassinada há 35 anos por membros do grupo de extrema-direita Fuerza Nueva, Yolanda voltou a ser homenageada em Deustu, onde, mais uma vez, se pediu ao município de Bilbau que dê o seu nome a uma praceta do bairro, para que jamais se esqueça o que se passou.
O rapto foi organizado por Emilio Hellín e Ignacio Abad, em conjunto com outros elementos do Fuerza Nueva, que, num comunicado, acusavam Yolanda de pertencer a um «ramo juvenil dum comando da ETA». Hellín, Abad e mais quatro pessoas seriam condenados a 43 anos de cadeia pelo rapto e o assassinato da jovem bilbaína. Hellín cumpriu 14 anos de pena e, como tinha autorização para sair, aproveitou uma das saídas para fugir para o Paraguai, onde governava o fascista Alfredo Stroessner.
Há dois anos, o El País revelou que Emilio Hellín era assessor da Guarda Civil e que tinha dado formação a agentes da Polícia Nacional espanhola, da Defesa, dos Mossos d’Esquadra e da Ertzaintza. Entre 2006 e 2011, o autor material do assassinato de Yolanda González foi contratado 15 vezes pelo Ministério espanhol do Interior. Chegou a auferir 140 000 euros.