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16012762931 21a115446d zFrança - Diário Liberdade - [Manuel N. Carvalho] Mais vezes das que gostamos, o barulho nom nos deixa ver o conxunto. Vam quase 72 horas do assassinato de 12 pessoas vencelhadas à revista Charlie Hebdo em París e nom paro de escuitar alegatos em defesa da liberdade de prensa, alegatos ditos por pessoas e empresas de comunicaçom que levam mas de 4 anos cortando essa mesma liberdade de imprensa e esses mesmos direitos que dizem agora defender.


Foto (CC by/2.0) - Manifestaçom do movimento xenófobo Pediga.

No dia 7 de Janeiro, o assassinato de 12 pessoas em Paris, nom foi o maior atentado jihadista do dia: 37 pessoas morrerom em Iemem num atentado de carro-bomba, e mas de 20 curdos morrerom ao longo do Curdistam loitando contra o jihadismo…. Mas na Europa “da liberdade de prensa” nom houvo um anaquinho nas novas para falar deles, normal, nom eram ocidentais e sim eram muçulmanos.

Por outro lado, reproduzem-se manifestos e declaraçons de muçulmanos dizendo que o atentado e o jihadismo nada tenhem que ver com o Islam. Nom fijo falta que a direita europeista figera nengumha declaraçom para que nom a vencelharamos com o Anders Breivik e o seu atentado na ilha norueguesa de Utøya. As mesmas Empresas de Comunicaçom, e os mesmos políticos que potenciam certo clima de islamofobia som os mesmos que lhe dam publicidade a essas declaraçons, ou ao facto de que um dos polícias mortos fôsse muçulmano; sem pensar em momento algum todas as suas declaraçons e artigos anteriores.

Mas tratar o atentado de Paris como um facto isolado sem relaçom com o que acontece noutras partes do planeta, é o normal das empresas de comunicaçom e políticos ocidentais, alargar o foco também levaria consigo amostrar a sua responsabilidade nos factos. Há mais de dous anos que o jihadismo (versom Al-qaeda, versom ISIS ou salafistas variados) campa por Siria com o apoio, quando menos propagandístico, do Ocidente. Nom foi até este verao, quando o ISIS se fijo central desalojando os “rebeldes moderados” da Síria, com os que estiveram colaborando, de ¼ do território deste país e 1/3 do Iraque, com a conquista de Mosul e o genocídio jazedi de Shingal, junto com o sequestro de jornalistas ocidentais, quando Ocidente reparou em que tinham criado um problema apoiando ao ISIS e tentárom voltar a umha situaçom anterior inexistente.

Nesse momento, só as forças curdas, nomeadamente as YPG/YPJ da Rojava (Curdistám Sírio) e as HPG (milícias do PKK) fôrom as que quando todos os demais fugiam, enfrentárom o ISIS, conseguindo parar a ofensiva sobre o Curdistám Iraquiano e criando um corredor que permitiu a fugida a 400.000 jazedis curdos. Açom com um alto custo humano entre aqueles que até o dia de hoje aparecem na lista de organizaçons terroristas da UE e USA.

Os carros-bomba e os atentados com kalashnikov em Ocidente dam boas capas nos jornais, mas a realidade que vai por trás é bem distinta: demonstram o fracasso. Uns o fracasso militar e tentar a utilizaçom de métodos desesperados para desfazer o impasse militar; e o outro o fracasso de chegar às massas muçulmanas de Ocidente. A corrente de jihadistas ocidentais face as organizaçons jihadistas que luitam em Síria (ainda que significativo em números absolutos) é irrelevante se temos em conta a povoaçom de origem muçulmana na Europa (5 milhons de pessoas na França e menos de um milhar de jihadistas, menos de 0,02%). Ao que há que somar-lhe que a aura de invencibilidade do ISIS está a ficar junto das tumbas dos seus militantes em Kobanê, principalmente.

Neste cenário só se lhes ocorreu provocar a islamofobia de Ocidente, provocar umha reaçom geral anti-muçulmana tentando que a populaçom muçulmana europeia, maioritariamente anti-jihadista, os veja como os únicos de defendem o Islam. Eis a França, e eis o Front Nationale…

Manuel N. Carvalho - Responsavel do grupo de Facebook Curdistam.


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