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251214 maisracismopolicialEstados Unidos - Vermelho - Rapaz negro de 18 anos, Antonio Martin foi morto na cidade de Berkeley, próxima a Ferguson, onde caso Michael Brown deu início a manifestações no país.


A véspera de natal foi de tensão e mais protestos nos Estados Unidos, após a morte de outro jovem negro por um policial branco, desta vez em Berkeley, cidade próxima a Ferguson — palco do caso Michael Brown, rapaz negro alvejado pela polícia em agosto e cuja morte deu início a uma série de manifestações país afora. Supostamente armado no momento do incidente, o jovem de 18 anos identificado como Antonio Martin, foi morto na noite terça (23) em um posto de gasolina.

O prefeito de Berkeley, Theodore Hoskins, anunciou uma investigação para esclarecer o incidente, ao mesmo tempo em que enfatizou que este caso não é comparável com o de Ferguson e pediu que as pessoas evitem "tirar conclusões precipitadas" que possam provocar mais distúrbios.

Hoskins destacou que Berkeley é uma cidade na qual 85% da população é negra, assim como a maioria de seus funcionários, ao contrário do que acontece em Ferguson.

"O prefeito é negro", enfatizou, assim como o chefe do departamento de polícia, motivo pelo qual assegurou que há uma sensibilidade diferente em relação a este tipo de caso.

"Nossa experiência é diferente à da cidade de Ferguson", afirmou. Cerca de 200 pessoas se reuniram nas cercanias do posto de gasolina para protestar contra a morte do jovem. A manifestação foi reprimida pela polícia e os enfrentamentos só acabaram ao amanhecer, com um saldo de quatro detidos e dois policiais feridos. Há relatos de que tiros foram disparados durante o episódio.

Segundo a versão policial, um agente estava realizando uma patrulha rotineira quando parou no posto de gasolina Mobile Gas, desceu do veículo e se aproximou de dois indivíduos, um dos quais lhe apontou uma arma.

"Temendo por sua vida, o oficial realizou vários disparos contra o sujeito e lhe feriu mortalmente", indicou em comunicado o departamento de polícia do Condado de St. Louis, que indicou que a outra pessoa fugiu.

As câmeras do posto de gasolina registraram o fato e a polícia recuperou no local a arma que Martin supostamente teria apontado para o agente, sem ter efetuado disparos.

O chefe do departamento de polícia de St. Louis, Jon Belmar, disse entender as "emoções" causadas por essa morte. Alegou que o agente agiu em legítima defesa, diante da reação do jovem assassinado. Belmar disse também que o morto "tinha antecedentes e já havia sido detido por roubo à mão armada".

Por sua vez, o pai do jovem, Jerome Green, afirmou à emissora CNN que seu filho disse que sairia para encontrar a namorada e não mencionou que fosse ver nenhuma outra pessoa.

O governador do Missouri, Jay Nixon — duramente criticado pela fraca resposta à crise do caso Ferguson —, disse em comunicado que o caso de Berkeley "lembra que os agentes desempenham um trabalho difícil e, às vezes perigoso, protegendo aos cidadãos e a si mesmos".

Impunidade no caso Ferguson

Os protestos em Ferguson voltaram a ganhar força no mês passado depois que um júri decidiu não acusar o policial Darren Wilson pela morte de Brown, o que suscitou a indignação da sociedade pela resposta desproporcional contra o jovem que, segundo testemunhas, levantou as mãos ao alto em sinal de rendição.

A indignação se estendeu a outros lugares do país, onde ocorreram casos similares, como em Nova York, onde outro negro, Eric Garner, vendedor ambulante, morreu em decorrência de uma chave de braço não autorizada aplicada por um policial quando tentava detê-lo.

Apesar dos gritos desesperados de Garner dizendo que não podia respirar, o policial não interrompeu a ação e, mesmo assim, também foi inocentado por um grande júri.

O ambiente se tensionou ainda mais no fim de semana passado quando um rapaz negro de 28 anos, que tinha antecipado nas redes sociais que pensava em cometer um ataque como vingança pela morte de Garner e Brown, matou a tiros dois policiais em Nova York.


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