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Em Nova York, manifestantes subiram até a região de Times Square durante protestoEstados Unidos - Opera Mundi - Medidas serão detalhadas nos próximos dias, mas Obama vai pedir instalação de câmeras em agentes; segunda-feira foi marcada por protestos no país


O secretário de Justiça dos Estados Unidos, Eric Holder, anunciou nesta segunda-feira (01/12) o governo lançará, nos próximos dias, novas diretrizes a policiais para evitar discriminação racial. A decisão veio após a absolvição do policial branco que matou o jovem negro Michael Brown na cidade de Ferguson (Missouri), em agosto, e uma série de protestos após a sentença judicial.

"As novas diretrizes incorporarão novos padrões rigorosos e salvaguardas sólidas para ajudar a acabar com o perfil racial de uma vez por todas", explicou Holder em um encontro com líderes religiosos e comunitários em uma igreja em Atlanta.

Em várias cidades dos EUA, houve protestos na segunda-feira. Em Nova York, uma manifestação que começou na Union Square, na altura da rua 14, seguiu até a região de Times Square (rua 42). A polícia deteve participantes.

Em Washington, os protestos aconteceram em uma das pontes que ligam o Distrito de Columbia, onde fica a capital dos EUA, ao estado da Virgínia, no Departamento de Justiça, na frente do qual os manifestantes se deitaram, e na Univerisade de Washington.

Houve protestos também na Universidade Harvard e em Saint Louis, da qual Ferguson faz parte da área metropolitana.

Obama

Pouco antes do discurso de Holder, o presidente Barack Obama anunciou uma série de medidas para combater a "crescente desconfiança" entre os departamentos de polícia locais e as comunidades, especialmente as minorias - algo que considerou "um problema nacional", e não algo exclusivo de Ferguson.

Obama anunciou que pedirá ao Congresso US$ 263 milhões ao longo de três anos para investir em várias medidas relacionadas com as policiais locais, entre eles US$ 75 milhões para que 50 mil agentes tenham câmeras incorporadas ao uniforme ou a seu corpo, para gravar as interações com civis.

Reuniões pelo país

Após a onda de distúrbios gerada pela decisão judicial do caso Brown, há uma semana, Holder, que está de saída do cargo, se dispôs a viajar por todo o país para participar de encontros comunitários como os de Atlanta.

"Estamos falando de preocupações que são nacionais e que ameaçam todo o país", disse o procurador-geral diante uma numerosa audiência no mesmo local em que costumava discursar o reverendo e líder da luta pelos direitos civis Martin Luther King.

"Sem um entendimento mútuo entre os cidadãos, cujos direitos devem ser respeitados, e as forças de segurança, que fazem enormes sacrifícios pessoais a cada dia para garantir a segurança pública, não haverá um progresso significativo", afirmou. "Nossos agentes não podem ser percebidos como uma força de ocupação desligada das comunidades às quais servem. Os laços que foram rompidos devem ser restaurados e os que nunca existiram, construídos."

Holder, que condenou a violência de alguns manifestantes em Ferguson, reagiu hoje com tranquilidade quando um grupo de pessoas interrompeu seu discurso ao dizer que "é uma expressão de preocupação, é através da perseverança dos que protestam pacificamente que chegará a mudança".

"Quem teria imaginado 50 anos atrás que um homem negro poderia servir como procurador-geral dos Estados Unidos, trabalhando para um presidente negro", destacou.

Holder foi aplaudido ao lembrar que a dupla investigação independente de seu departamento sobre o caso de Michael Brown segue em andamento. A investigação federal tenta determinar se houve violação dos direitos civis no caso de Brown e, por outro lado, se a polícia local de Ferguson mantém práticas discriminatórias.


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