Não se trata da primeira vez e decerto não será a última em que a Igreja Católica acolhe elementos de extrema-direita. A igreja madrilena de São Jerónimo, conhecida entre outras coisas por oficiar em 1975 a cerimónia de entronização de Juan Carlos I, continua sendo um templo de tributo aos "caídos por Dios y por España", com vários rituais desse tipo nos últimos anos. Além disso, neste ano, ante o "auge da extrema-esquerda" o padre optou por endurecer a sua mensagem exigindo aos católicos "estarem preparados" ante a possibilidade de realizar uma nova cruzada "por Dios y por España".
Diante de vários descendentes de Francisco Franco, o padre começou a sua intervenção lembrando que o motivo da celebração da "santa missa" era "comemorar uma data histórica e central na história da salvação de Espanha". Na opinião do padre católico, no dia 18 de julho de 1936 "produziu-se um alçamento nacional de libertação, após um período de obscura hostilidade católica, em que reinava uma ideologia diabólica e se incendiavam igrejas e símbolos religiosos". Também ressaltou o trabalho de "cristãos exemplares que souberam discernir os sinais dos tempos e se alçar para evitar aquela situação" e espera que "intercedam novamente por Espanha", já que "Espanha está novamente imersa numa guerra contra principados, autoridades e poderes que dominam o mundo das tebras".
O padre concretizou que "enfrentamos os espíritos e aas forças sobrenaturais do mal", e pode comprovar-se "observando o auge da extrema-esquerda e a crise espiritual". Realizou também um apelo a todos os fiéis para "se preparar e encontrar na graça de Deus e na Igreja, a força para a luita". Agregou também que "Devemos estar unidos ante Deus e conscientes do momento em que vivemos" porque "Espanha não sofre uma crise económica, mas espiritual".