Seis dias consecutivos de chuvas na província de Quan Ninh puseram notas de preocupação em torno da contaminação das águas da vizinha baía Tem Long, ao sul, com suas aldeias flutuantes e vastas cavernas, o principal lugar turístico do país.

Declarada duas vezes pela Unesco Patrimônio Mundial, recebe a cada ano milhões de visitantes para navegá-la e nadar nas águas de suas Ilhotas.

Ao mesmo tempo, a região que abriga as maiores fontes de carvão sofre inundações de milhares de toneladas, com danos calculados em 91 milhões de dólares, segundo a corporação estatal exploradora Vinacom.

Um grupo internacional ambientalista, que contribui em um esforçado bombeamento de água, advertiu da potencialidade de que possam fluir substâncias nocivas em correntes aquáticas.

Agências locais competentes procuram a seis pescadores desaparecidos quando sua embarcação se afundou no dia 27 de julho, enquanto milhares de pessoas foram evacuadas de áreas com moradias e caminhos alagados, ou com deslisos de terras.

Unidades navais conseguiram resgatar os primeiros 300 turistas de 1.500 que se encontravam na ilha Co To, presos pelo mau tempo, aos que se abrigaram em hotéis e se transladaram gradualmente a suas localidades de procedência.

A Cruz Vermelha do Vietnã ocupa-se dos serviços funerários e outras despesas de assistência, bem como do envio de ajudas de emergência em alimentos, água potável, purificadoras, utensílio de cozinha e mosquiteiros em refúgios temporários.

Em diferentes distritos de Quan Ninh, as mais fortes chuvas em 40 anos afetaram perto de três mil 900 casas, escolas e hospitais, mais de mil 100 hectares de arroz e outros cultivos, e 300 hectares de aquicultura.

De acordo com o Centro Nacional de Prognóstico Meteorológico, o fenômeno do El ninho se estenderá até finais deste ano com irregulares e intensas chuvas, alternando com severas secas.